DA APARÊNCIA À ESSÊNCIA DA DERIVAÇÃO DA FORMA MERCADORIA: A FORMA DAS RELAÇÕES SOCIOECONÔMICAS NO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA

Autores/as

  • Gilberto Davanço Neto Doutorando em Filosofia e Mestre em Filosofia do Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2023.v15n39.p182-212

Palabras clave:

Capitalismo, Bien, Estado, Marx, Pachukanis, Política, Ley

Resumen

Este artigo tem o objetivo de desvelar o núcleo da forma das relações socioeconômicas no sistema capitalista de exploração para acumulação de propriedade privada. Referido núcleo deriva nos sujeitos de direito, no Estado e nas demais instituições que derivam do modo de produção posto pela classe socioeconômica dominante que detém a propriedade privada dos meios de produção. Por meio do método materialismo histórico-dialética em Karl Marx e sob a ótica da interpretação filosófica e científica de Evguiéni Bronislavovitch Pachukanis e especialistas contemporâneos. A derivação do modo de produção interpela a forma das relações socioeconômicas. A forma direito forjada com a ideologia capitalista trata formalmente todos os sujeitos como se fossem iguais, equivalendo-os como sujeitos de direito, com a autorização ideológica da forma Estado, em que ambas as formas conformam-se ao poder político da burguesia. O núcleo das relações socioeconômicas tem como átomo a mercadoria, as mercadorias não possuem valor de uso, mas sim valor de troca. Ninguém tem o direito de usar um bem necessário para sua vida, mas somente se puder contratar essa mercadoria. Logo, não somos sujeitos de direito, somos sujeitos pelo direito, ou seja, somos uma mercadoria no sistema capitalista a ser explorada pela classe proprietária dos meios de produção.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Referencias

ALTHUSSER, Louis. Aparelhos ideológicos de Estado. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2022.

HEGEL. Georg Wilhelm Friedrich. Princípios da filosofia do direito. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

HIRSCH, Joaquim. Teoria materialista do Estado: processos de transformação do sistema capitalista de Estado. Rio de Janeiro: Editora Revan, 2010.

HOBBES, Thomas. Leviatã, ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. São Paulo: Editora Martin Claret, 2014.

KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.

MAGALHÃES, Juliana Paula. Crítica à subjetividade jurídica: reflexões a partir de Michel Villey. São Paulo: Contracorrente, 2022.

MARX, Karl. Crítica da filosofia do direito de Hegel. São Paulo: Editora Boitempo, 2005.

MARX, Karl.Grundrisse: manuscritos econômicos de 1857-1858: esboços da crítica da economia política. São Paulo: Editora Boitempo, 2011.

MARX, Karl.O Capital: crítica da economia política: livro I: o processo de produção do capital. São Paulo: Editora Boitempo, 2005.

MARX, Karl.O 18 de brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Editora Boitempo, 2011.

MASCARO, Alysson Leandro Barbate. Crise e golpe. São Paulo: Editora Boitempo, 2018.

MASCARO, Alysson Leandro Barbate. Crítica do fascismo. São Paulo: Boitempo, 2022.

MASCARO, Alysson Leandro Barbate. Estado e forma política. São Paulo: Boitempo, 2013.

MASCARO, Alysson Leandro Barbate. Introdução ao Estado do direito. 8ª ed. São Paulo: Altas, 2022.

MASSIE, Robert Kinloch. A serviço do Estado e Comércio por decreto, in Pedro o grande, sua vida e seu mundo. Barueri/SP: Editora Amarilys, 2014.

NAVES. Márcio Bilharinho. Marxismo e direito: um estudo sobre Pachukanis. São Paulo: Boitempo, 2000.

NAVES. Márcio Bilharinho. A teoria marxista do direito e a construção do socialismo. O discreto charme do direito burguês: ensaios sobre Pachukanis. Campinas: Editora Unicamp, 2009.

PACHUKANIS. Evguiéni Bronislavovitch. Fascismo. São Paulo: Editora Boitempo, 2020.

PACHUKANIS. Evguiéni Bronislavovitch. Teoria geral do direito e marxismo. São Paulo: Editora Boitempo, 2017.

SADER, Emir. Estado e política em Marx. São Paulo: Editora Boitempo, 2014.

WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

Publicado

2024-01-19

Número

Sección

Artigos