VONTADE DE VERDADE COMO EXERCÍCIO DE PODER: ENTRE NIETZSCHE E FOUCAULT
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2020.v12n33.p109-123Palabras clave:
Domínio, Foucault, Nietzsche, Poder, Verdade, VontadeResumen
O objetivo deste trabalho é analisar a noção de vontade de verdade sob o prisma de exercício do poder, a partir das considerações desenvolvidas por Friedrich Nietzsche (1844-1900) e Michel Foucault (1926-1984). Neste contexto, a problemática diz respeito aos modos como a verdade se relaciona com o humano, tanto para compreender a existência, como denuncia Nietzsche, quanto para produções de discurso, como indica Foucault. Assim, buscar-se-á responder: “A vontade de verdade restringe a capacidade humana de interpretar a existência? E, ainda: quais os limites estabelecidos entre a verdade e o humano, para que este continue atuando sob a perspectiva da superação nietzschiana e da subjetivação foucaultiana?”. Com isso em vista, serão utilizadas as obras A Gaia Ciência (1882) e Para a Genealogia da Moral (1887), de Nietzsche, em que o autor aborda a vontade de verdade a partir do modo como esta se desenvolve em paralelo à filosofia socrático-platônica, além dos reflexos desta no cristianismo, que se configura em vontade de domínio no ideal ascético. Não obstante, será analisado o posicionamento de Foucault em A Ordem do Discurso (1971), interpretando a vontade de verdade enquanto regra do discurso que promove uma forma de exercício do poder dentro da sociedade e impede, por sua vez, a subjetivação do sujeito através do dizer-verdadeiro. Desse modo, será possível entrever, ainda, uma relação teórica que tange os modos como Nietzsche e Foucault avaliam a noção de vontade de verdade e os seus desdobramentos quando associados à figura humana em sociedade.
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Referencias
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