GÊNERO NAS AULAS DE FILOSOFIA DO ENSINO MÉDIO: ANÁLISE DE UM LIVRO DIDÁTICO
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2019.v11.n28.02.p1Keywords:
Ensino de filosofia, Gênero, Livro didático, Pedagogias feministasAbstract
O presente artigo busca investigar como a temática de gênero pode ser inserida em um currículo em Filosofia, como parte de uma política pública de combate a violência contra mulheres. Seguindo os passos de Clarissa Castro (2016), analisou-se a mais recente edição de um livro didático popular, Filosofando: Introdução à Filosofia, escrito por Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Martins e que constou no Plano Nacional do Livro Didático na última década. Seguindo o diagnóstico de Castro, percebe-se uma desproporção muito grande entre autores e autoras e as questões de gênero são tratadas como não filosóficas. O texto termina apontando a necessidade de produção de materiais didáticos complementares para auxiliar o(a) professor(a) a abordar o assunto em sala de aula.
Downloads
References
ABRAMOVAY, M (coord). Revelando tramas, descobrindo segredos: violência e convivência nas escolas. Brasília: Rede de Informação Tecnológica Latino-americana -
RITLA, Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal - SEEDF, 2009.
ALCOFF, L (org) The Blackwell Guide to Feminist Philosophy. Blackwell Publishing, 2007.
ANDRADE, M. Uma Perspectiva de “Gênero” no Ensino de filosofia In: CASTRO, S (org) Psicanálise e Gênero. São Paulo : ANPOF, 2017.
ARAÚJO, C. Mulheres na Pós-Graduação em Filosofia no Brasil – 2015. São Paulo: ANPOF, 2016, disponível em http://anpof.org/portal/images/Documentos/ARAUJOCarolina_Artigo_2016.pdf. Acesso em 05 de outubro de 2018.
BEAUVOIR, S. O Segundo Sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.
BRASIL. Ministério da Educação. PNLD 2018: Filosofia – guia de livros didáticos – Ensino Médio/ Ministério da Educação – Secretaria de Educação Básica – SEB – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2017.
BIROLI, F. Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018.
CAPUTI, J; RUSSELL, D. Femicide. IN: RADFORD, J. RUSSELL,D (org). Femicide: The Politics of Woman Killing. Twayne Publishers: New York, 1992.
CASTRO, C. P. Repensando as Mulheres e a Filosofia: uma análise dos livros didáticos de filosofia de ensino médio. Monografia de Especialização do curso Gênero e Diversidade na Escola. UFSC, Florianópolis, 2016.
CLAM. Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Caderno de atividades. Rio de Janeiro: CEPESC, 2009.
COLLING, A. M. O lastro jurídico e cultural da violência contra a mulher no Brasil. IN: Simpósio Nacional de História, XXVIII, Florianópolis, 2015. Anais... Florianópolis, ANPUH, 2015. Disponível em: http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1427675369_ARQUIVO_anpuh2015.pdf acesso em 20 de setembro de 2018.
CONSELHO Nacional de Combate à Discriminação. Brasil Sem Homofobia: Programa de combate à violência e à discriminação contra GLTB e promoção da cidadania homossexual. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
FEMENIAS, M. L. (comp.) Perfiles de Feminismo Iberoamericano. Buenos Aires: Catálogos Editora, 2002.
FRICKER, M. (org) The Cambridge Companion to Feminism in Philosophy. Cambridge University Press, 2000.
_____. Epistemic Injustice: Power and the Ethics of Knowing. New York: Oxford University Press, 2007.
JAGGAR, A. (org). Gênero, Corpo e Conhecimento. Rosa dos Tempos: Rio de Janeiro, 1997.
LE DOEUFF, M.. Women and Philosophy In: MOI, Toril (ed). French Feminist Thought: a reader. New York: Basil Blackwell, 1987.
LIONÇO, T.. Gênero e Sexualidade na prática didático-pedagógica: saúde, direitos humanos e democracia. SérieAnis, Ano IX, n.69, p.1-8, Brasília, LetrasLivres, setembro de 2009.
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva póestruturalista. Petrópolis, RJ : Vozes, 1997.
MISKOLCI, R. CAMPANA, M. “Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo. Revista Sociedade e Estado – Volume 32, Número 3, Setembro/Dezembro 2017.
OLIVEIRA, R. DINIZ, D. Materiais Didáticos Escolares e Injustiça Epistêmica Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 39, n. 1, p. 241-256, jan./mar. 2014.
NYE, A. Teoria Feminista e as Filosofias dos Homens. Rio de Janeiro: Record: Rosa dos Tempos, 1995.
OLIVEIRA, A. L. B. Ensino de Filosofia: a escola como espaço de (des)construção de gênero. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014.
OMS. Organização Mundial da Saúde. (2013). Responding to intimate partner violence and sexual violence against women. WHO clinical and policy guidelines. Disponível em: http://www.who.int/reproductivehealth/publications/violence/9789241548595/en/. Acesso em 15 de setembro de 2018.
PACHECO, J. Onde estão as filósofas na filosofia? In: PACHECO, Juliana (org). Mulher & Filosofia. as relações de gênero no pensamento filosófico. [recurso eletrônico] Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2015.
PEARSALL, M. Women, Knowledge and Reality: Explorations in Feminist Philosophy. Routledge: London, 1996.
RUSSELL, B. O valor da Filosofia. In: BONJOUR, L. BAKER, A. Filosofia - Textos Fundamentais Comentados. São Paulo: Artmed, 2010.
RIOS, R. R.; SANTOS, W. R. Diversidade sexual, educação e sociedade: reflexões a partir do Programa Nacional do Livro Didático. Rev. psicol. polít., São Paulo , v. 8, n. 16, p. 325-344, dez. 2008.
SAFFIOTI, H. Violência de gênero no Brasil atual. Estudos Feministas, Rio de Janeiro, CIEC/ECO/UFRJ, n especial, p.443-461, 1994.
SEGATO, R. L. Las estructuras elementales de la violencia: contrato y status en la etiología de la violência. Séries Antropologia, v.334. Brasília, 2003.
STONE, A. Feminist Philosophy. Polity Press: Cambridge, 2007.
VIANNA, C. P. O movimento LGBT e as políticas de educação de gênero e diversidade sexual: perdas, ganhos e desafios. Educ. Pesqui., São Paulo, v.41, n.3, p.791-806, Sept. 2015.
______. Em foco: homofobia nos livros didáticos, um desafio ao silêncio. Rev. psicol.polít., São Paulo , v. 8, n. 16, p. 305-306, dez. 2008.
ZANOTTA, L. Matar e morrer no masculino e no feminino. Séries Antropologia, v.239. Brasília, 1998.
WARSCHAUER, M.; CARVALHO, Y. M. O conceito “Intersetorialidade”: contribuições ao debate a partir do Programa Lazer e Saúde da Prefeitura de Santo André/SP. Saúde Soc. São Paulo, v.23, n.1, p.191-203, 2014.
WHITFORD, M. Feminist Perspectives in Philosophy. Indiana University Press: Indianápolis, 1988.
WUENSCH, A. M. A.. Acerca da existência de pensadoras no Brasil e na América Latina. Problemata: R. Intern. Fil. João Pessoa, n. especial, p. 113-150, 2015.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2019 Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.