UMA EXPLICAÇÃO NÃO-CONTEXTUALISTA A FAVOR DA COMPATIBILIDADE ENTRE O PRINCÍPIO DE FECHAMENTO E A CONDIÇÃO DE SENSIBILIDADE
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2021.v13n34.p187-206Keywords:
Fechamento, Sensibilidade, CAERAbstract
A tensão entre o princípio de fechamento (PF) e a condição de sensibilidade foi originalmente notada por Fred Dretske (1979) e Robert Nozick (1981). Essa tensão é frequentemente utilizada pelos contextualistas semânticos a fim de oferecerem um caso a favor da ideia de que as atribuições de conhecimento são sensíveis ao contexto, uma vez que, somente se este for o caso, a tensão é solucionada. Meu objetivo neste artigo é apresentar uma explicação não-contextualista a favor da compatibilidade entre diferentes versões da condição de sensibilidade e o PF, de modo a resolver a tensão que leva alguns epistemólogos a adotarem o contextualismo. Farei isso recorrendo à resposta de Stephen Wykstra (2007) a Andrew Graham e Stephen Maitzen (2007) que objetaram afirmando que o Princípio de Condição de Acesso Epistêmico Razoável (CAER), uma versão da condição de sensibilidade, viola o PF. Wykstra apela a uma distinção feita por Rudolph Carnap (1962) na lógica indutiva para demonstrar que PF funciona adequadamente com CAER e, consequentemente, com a condição de sensibilidade. A contribuição de Wykstra a este debate é desconhecida entre os epistemólogos por se situar na sua discussão sobre o problema evidencial do mal na Filosofia da Religião. Por essa razão, contextualizarei o seu argumento para demonstrar a aplicabilidade dele à questão do relacionamento conflituoso entre a condição de sensibilidade e o PF.
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