A VIDA COMO PERPÉTUO RASCUNHO À ESPERA DE RELEITURA E REELABORAÇÃO: UMA VARIAÇÃO SOBRE A HERMENÊUTICA DO SI DE PAUL RICOEUR
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2021.v13n34.p1-20Keywords:
Hermenêutica, Narrativa, Rascunho, VidaAbstract
Trata-se de oferecer uma nova metáfora axial para a hermenêutica do si de Paul Ricoeur. Se em Vida: uma narrativa em busca de um narrador o hermeneuta francês considerou que a vida já possuía em si mesma a estrutura de uma narrativa, Ben Roth, em Reading from the middle: Heidegger and the narrative self enfatiza que para que a vida possa ser narrada, ela já deve ser vivida como leitura. Desse modo, o primeiro momento do texto reconstruirá a ideia de Ricoeur de que a vida já é ela mesma uma narrativa. O segundo momento apresentará a contribuição de Roth em termos de pensar o sujeito que vive como sujeito que lê a vida ao viver. Na medida que tanto Roth quanto Ricoeur enfatizam o caráter aberto, provisório e revisável dos projetos humanos e das narrativas nas quais estes se compreendem, o terceiro momento terá a finalidade de averiguar se a noção de narrativa assim concebida está à altura do perpétuo desafio ético de constituir sentido em vidas vividas e narradas como histórias.
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