FORMA(S) DE VIDA, UM CONTROVERSO CONCEITO WITTGENSTEINIANO
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2020.v12n31.p14-36Keywords:
Forma(s) de vida, Linguagem, Significado, Consenso, Fundamento sem fundamentoAbstract
O trabalho visa compreender o conceito de forma(s) de vida presente na filosofia do segundo Wittgenstein, reputado como de difícil entendimento por diversos fatores, o que margem ao surgimento de diferentes leituras quanto ao seu significado. Em que pese as dificuldades iniciais na aproximação do tema, forma(s) de vida revela-se um conceito nuclear do pensamento filosófico de Wittgenstein ao possibilitar compreender o fenômeno linguístico em sua integralidade e que, por isso, merece esclarecimento. Passando-se pelas diferentes vias de interpretações do conceito, apresenta-se o debate sobre conceito com o intuito de indicar uma outra possibilidade de compreendê-lo, sintetizada na grafia adotada como forma(s) de vida, que conjuga posições aparentemente antagônicas, fundadas nas flexões singular (forma de vida) e plural (formas de vida), a fim de denotar a complementaridade dessas acepções. Dessa forma, o conceito expressa o consenso subjacente à linguagem que desempenha o papel de ser o fundamento sem fundamento das práticas linguísticas, como uma instância que funciona como pano de fundo para o desenvolvimento dos jogos de linguagem das diferentes formas de vida que, por sua vez, são partes de uma mesma forma de vida, a humana.
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