A REDESCOBERTA DA MENTE ENQUANTO PROPRIEDADE DO CÉREBRO: INDAGAÇÕES A RESPEITO DA “CONVENIÊNCIA” COMO CRITÉRIO E FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICA EM JOHN SEARLE

Autores

  • Fabio Julio Fernandes Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2013.v5n10.4538

Palavras-chave:

Redescoberta da Mente, Cérebro, Corpo, Sentido Científico, Sentido Filosófico

Resumo

Este trabalho pretende entender como John Searle compreende a mente enquanto propriedade do cérebro. A partir da obra A Redescoberta da mente, consideramos, em primeiro lugar, alguns sentidos que parecem caracterizar a investigação de Searle em vista de um redescobrimento da mente. Ora, são visíveis na obra dois sentidos entrelaçados: o científico e o filosófico. Por sentido científico, poder-se-ia denominar esse que aparece desde a introdução e se estende por toda a obra, pois visa estabelecer um estatuto biológico da mente. Já o sentido filosófico é aquele que propõe não reduzir a esfera do mental ao olhar objetivo do mundo, o que configura, talvez, sua postura filosófica, sobretudo quando diz que pretende “não decretar ou predizer o futuro da pesquisa, seja em filosofia, ciência ou outras disciplinas”.2 Essas são as razões pelas quais seria necessário caracterizar este sentido como pesquisa, que num aspecto forte pode ser denominado de procura pelo estatuto da mente. O sentido científico, em contraponto, é o fim último da pesquisa, que significa encontrar a solução adequada para o problema sobre a mente, ou, pelo menos, dar um passo correto para a solução; tornando o caminho plano para o redescobrimento da mente. Além disso, estudamos em Searle em que medida a mente exerce relações com o cérebro, e, nessa perspectiva, como seria possível redescobri-la nas interações biológicas com o corpo.

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Publicado

2013-12-19

Edição

Seção

Artigos