GOVERNAMENTALIDADE NEOLIBERAL: DISCIPLINA, BIOPOLÍTICA E EMPRESARIAMENTO DA VIDA
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2012.v4n08.4483Palavras-chave:
Biopoder, Governamentalidade e Empresariamento da vida.Resumo
Parte da análise do conceito de biopoder apresentado por Michel Foucault no curso “Em defesa da sociedade (1975-1976)” e na obra “A vontade de saber” e segue pelo estudo da disciplina e dos dispositivos de segurança nos cursos ministrados nos dois anos seguintes: “Segurança, Território, População (1977-1978)” e “Nascimento da Biopolítica (1978-1979)”. Foucault anuncia a tese de que a soberania perdeu relevância em relação ao biopoder, tese que é aprofundada nos cursos seguintes por meio do estudo da governamentalidade. Nossa pesquisa tem por objetivo explicitar a manobra atual que tem no neoliberalismo o seu modo específico de organização, fazendo um escrutínio dos conceitos de “liberdade” e “competição” que animam o modo como o ocidente governa suas populações. Isso nos permitirá apresentar nossa tese denominada empresariamento da vida, processo que funciona como artifício basilar da governamentalidade neoliberal: produzir sujeitos que incorporam os enunciados da gerência como princípios éticos de constituição de si.
Downloads
Referências
DELEUZE, G. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 1988.
______. Post-scriptum sobre as sociedades de controle. In: ______. Conversações. Rio de Janeiro: Editora 34, 2000.
______. Um retrato de Foucault. In: ______. Conversações. Rio de Janeiro: Editora 34, 2000.
DUARTE, A. Foucault e as novas figuras da biopolítica: o fascismo contemporâneo. In: RAGO, M; VEIGA-NETO, A (Orgs). Para um vida não-fascista. Belo Horizonte: Autentica, 2009.
______. Foucault e a governamentalidade: genealogia do liberalismo e do Estado Moderno. In: CASTELO BRANCO, G; VEIGA-NETO, A. Foucault: filosofia & política. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
FOUCAULT, M. A hermenêutica do sujeito. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
______. A vida dos homens infames. In: ______. Ditos e escritos IV: estratégia, podersaber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.
______. História da sexualidade I: a vontade de saber. 14. ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2001.
______. História da sexualidade II: o uso dos prazeres. 9. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2001.
______. História da sexualidade III: o cuidado de si. 7. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2002.
______. Naissance de la biopolitique. Paris: Gallimard Seuil, 2004.
______. O pensamento do exterior. In: ______. Ditos e escritos III: estética: literatura e pintura, música e cinema. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.
______. O que são as luzes. In: FOUCAULT, Michel. Ditos e Escritos II: arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. 2.ed. Rio de Janeiro: Forence Universitária, 2005.
______. Securité, territoire, population. Paris: Gallimard Seuil, 2004.
______. Segurança, território, população. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
______. Vigiar e punir. 25. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
FONCECA, M. A. Como pensar o público e o privado: Foucault e o tema das artes de governar. In: RAGO, M; VEIGA NETO, A (Orgs). Figuras de Foucault. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
GROS, F. Situação do curso. In: FOUCAULT, M. A hermenêutica do sujeito. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
KAFKA, F. Durante a construção da muralha da china. In: ______. Narrativas do espólio. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
______. Na colônia penal. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
ROSA, S Oliveira da. Os investimentos em “capital humano”. In: RAGO, M; VEIGANETO, A (Orgs). Para um vida não-fascista. Belo Horizonte: Autentica, 2009.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2012 Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.