Há associação entre o valor do volume expiratório forçado no 1º segundo e o Teste de Controle da Asma e a classificação do grau de controle proposta pelo Global initiative for Asthmaem crianças e adolescentes asmáticos tratados com corticosteroide inalató

Autores

  • Karla Delevedove Taglia-Ferre Hospital Infantil Francisco de Assis. Cachoeiro de Itapemirim (ES)
  • Sandra Lisboa Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz) - Rio de Janeiro (RJ)
  • Luanda Dias da S. Salviano Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz) - Rio de Janeiro (RJ)
  • Ana Carolina Carioca da Costa Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz) - Rio de Janeiro (RJ)
  • Shandra Lisboa Monteiro Acadêmica da Escola de Medicina Souza Marques. Rio de Janeiro, (RJ)
  • Hisbello da Silva Campos Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz) - Rio de Janeiro (RJ)
  • Maria de Fátima Pombo March Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.v29.9530

Palavras-chave:

Asma, Questionários, Crianças, Adolescentes, Espirometria

Resumo

Objetivo: Avaliar a presença de associação entre a classificação do grau de controle da asma, usando a proposta pelo Global initiative for Asthma(GINA), o AsthmaControl Test (ACT)/Childhood-ACT, e o volume expiratório forçado no 1º segundo (VEF1), em crianças e adolescentes asmáticos em tratamento com corticoide inalatório, atendidos no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz(IFF/FIOCRUZ).

Método: Estudo transversal, com revisão de prontuários de todas as crianças entre 7 e 17 anos acompanhadas no Ambulatório de Asma e encaminhados ao setor de Prova de Função Respiratória (PFR) entre março de 2013 e setembro de 2014. Foram aplicados no mesmo dia, os questionários C-ACT/ACT, a classificação do grau de controle da asma proposta pelo GINA e o valor do VEF1 obtido em exame espirométrico.

Resultados: Do total de prontuários avaliados (72), 16 crianças foram excluídas por não preencherem os critérios exigidos para realização da espirometria. A amostra estudada (56 crianças) apresentou predomínio do sexo masculino (58,9%) e mediana de idade igual a 12 (7-17) anos. Observou-se associação entre os valores de VEF1 e o GINA (p<0,01).

Conclusão: Os resultados encontrados nesse estudo indicam que a medida do VEF1é um componente útil dentre os instrumentos para avaliação do controle clínico da asma pelo GINA.

Referências

1. Globla Initiative for Asthma. Global Strategy for Asthma Management and Prevention: 2017 update. [cited 2017 May 19]. Available from: https://ginasthma.org/wp-content/uploads/2019/04/wmsGINA-2017-main-report-final_V2.pdf

2. Andrade CR, Chatkin JM, Camargos PAM. Avaliação do grau de controle clínico, espirométrico e da intensidade do processo inflamatório na asma. J. Pediatr. 2010;86(2):93-100. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572010000200003

3. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012. J Bras Pneumol. 2012;38(suppl1):S1-46.

4. Demoly P, Paggiaro P, Plaza V, Bolge SC, Kannan H, Sohier B, et al. Prevalence of asthma control among adults in France, Germany, Italy, Spain and the UK. Eur Respir Rev. 2009;18(112):105-12. DOI:
http://dx.doi.org/10.1183/09059180.00001209

5. Paiva M, Martins P, Carvalho S, Chambel M, Matos A, Almeida I, et al. Avaliação do controlo da asma: Utilização de diferentes métodos. Rev Port Imunoalergologia. 2010;18(3):227-41.

6. National Asthma Education and Prevention. Practical guide for diagnosis and management of asthma. 1997; p.5.

7. Zangirolami-Raimundo J, Echeimberg JO, Leone C.Research methodology topics: Cross-sectional studies. J Hum Growth Dev. 2018;28(3):356-60. DOI: http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.152198

8. Oliveira SG, Sarria EE, Roncada C, Stein RT, Pitrez PM, Mattiello R. Validation of the Brazilian version of the childhood asthma control test (c-ACT). Pediatr Pulmonol. 2016;51(4):358-63. DOI: http://dx.doi.org/10.1002/ppul.23318

9. Miller MR, Hankinson J, Brusasco V, Burgos F, Casaburi R, Coates A, et al. Standardization of spirometry. Eur Respir J. 2005;26(2):319-38. DOI: http://dx.doi.org/10.1183/09031936.05.00034805

10. Pellegrino R, Viegi G, Brusasco V, Crapo RO, Burgos F, Casaburi R, et al. Interpretative strategies for lung function tests. Eur Respir J. 2005;26(5):948-6. DOI:
http://dx.doi.org/10.1183/09031936.05.00035205

11. Somashekar AR, Ramakrishnan KG. Evaluation of Asthma Control in Children Using Childhood-Asthma Control Test (C-ACT) and Asthma Therapy Assessment Questionnaire (ATAQ). Indian Pediatr. 2017;54(9):746-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1007/s13312-017-1167-2

12. Fuhlbrigge AL, Weiss ST, Kuntz KM, Paltiel AD; CAMP Research Group. Forced expiratory volume in 1 second percentage improves the classification of severity among children with asthma. Pediatrics. 2006;118(2):346-56. DOI: http://dx.doi.org/10.1542/peds.2005-2962

13. Vidal AG, Escobar AMC, Medina MER. Correlación y concordancia entre instrumentos de controldel asma enniños. Rev Chil Enferm Respir. 2012;28(1):29-34. DOI: http://dx.doi.org/10.4067/S0717-73482012000100005

14. Ito Y, Adachi Y, Itazawa T, Okabe Y, Adachi YS, Higuchi O, et al. Association between the results of the childhood asthma control test and objective parameters in asthmatic children. J Asthma. 2011;48(10):1076-80. DOI: http://dx.doi.org/10.3109/02770903.2011.629356

15. Piacentini GL, Peroni DG, Bodini A, Bonafiglia E, Rigotti E, Baraldi E, et al. Childhood Asthma Control Test and airway inflammation evaluation in asthmatic children. Allergy. 2009;64(12):1753-7. DOI:
http://dx.doi.org/10.1111/j.1398-9995.2009.02068.x

16. Parente AAAI, March MFP, Evangelista LA, Cunha AL. Percepção da dispneia na crise asmática pediátrica pelos pacientes e responsáveis. J. Pediatr. 2011;87(6):541-6. http://dx.doi.org/10.2223/JPED.2144

17. Aragão LJL, Coriolano-Marinus MWL, Sette GCS, Raposo MCF, Britto MCA, Lima LS. Qualidade de vida na asma brônquica – a concordância das percepções das crianças, adolescentes e seus pais. Rev Paul Pediatr. 2012;30(1):13-20. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-05822012000100003

18. Koolen BB, Pijnenburg MWH, Brackel HJL, Landstra AM, van den Berg NJ, Merkus PJFM, et al. Comparing Global Initiative for Asthma (GINA) criteria with the Childhood Asthma Control Test (C-ACT) and Asthma Control Test (ACT). Eur Respir J. 2011;38(3):561-6. DOI: http://dx.doi.org/10.1183/09031936.00173710

19. Dalcin PTR, Grutcki DM, Laporte PP, Lima PB, Viana VP, Konzen GL, et al. Impacto de uma intervenção educacional de curta duração sobre a adesão ao tratamento e controle da asma. J Bras Pneumol. 2011;37(1):19-27. http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132011000100005

20. Campos HS. Asma grave. J Bras Med. 2015;103(2):13-21.

Publicado

2019-12-12

Edição

Seção

ORIGINAL ARTICLES