Marcadores urinários de dor em crianças internadas em unidades de terapia intensiva neonatal: estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.36311/jhgd.v34.15783Palavras-chave:
Neonatal, UTI, dor, IL-8, cortisol, urinaResumo
Introdução: a exposição repetitiva à dor afeta negativamente o desenvolvimento de recém-nascidos. A dor procedimental em recém-nascidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) desencadeia uma série de distúrbios fisiológicos, comportamentais e hormonais que podem resultar no comprometimento do desenvolvimento neurológico em bebês prematuros, que passam por longos períodos de hospitalização em um momento de imaturidade fisiológica e rápido desenvolvimento cerebral.
Objetivo: este estudo teve como objetivo não apenas observar a pontuação de dor em recém-nascidos e lactentes ao passarem por procedimentos dolorosos em unidades de terapia intensiva neonatais, mas também analisar os níveis de IL-8 e cortisol urinário nesses momentos estressantes.
Método: os pacientes foram submetidos à punção venosa e a outros métodos de coleta de sangue. Os níveis de cortisol e IL-8 foram medidos por ensaio imunométrico e detecção por quimiluminescência. Para a coleta de dados sobre a observação da dor neonatal, foi utilizada a Escala de Dor Infantil Neonatal com resultados imediatos. Para descrever as variáveis qualitativas, foram utilizadas frequências absolutas e relativas. Para as variáveis quantitativas com distribuição normal, foram utilizadas média, desvio padrão, mínimo e máximo.
Resultados: um total de 81 pacientes foi incluído: 47 foram submetidos à punção venosa e 36 a outros métodos de coleta de sangue. A significância para o cortisol pode ser observada (p=0,04); no entanto, os níveis de IL-8, quando associados à escala de dor, não foram sensíveis o suficiente (p=0,11).
Conclusão: os resultados mostraram que o cortisol é um marcador melhor para a dor do que a IL-8, e seu acúmulo na urina pode ajudar na detecção e interpretação da dor. Com base nessas informações, os enfermeiros podem intervir para reduzir o desconforto causado por procedimentos dolorosos, destacando práticas humanísticas na assistência de enfermagem.
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