Três anos de pandemia da COVID-19: análise comparativa da incidência, letalidade e mortalidade entre os Estados da região Sul do Brasil

Autores

  • Silvana de Azevedo Brito Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Centro Universitário FMABC - Santo André, São Paulo, Brasil; Laboratório de Delineamento de Estudo e Escrita Científica, Centro Universitário FMABC - Santo André, São Paulo, Brasil;
  • Luiz Carlos de Abreu Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Centro Universitário FMABC - Santo André, São Paulo, Brasil; Laboratório de Delineamento de Estudo e Escrita Científica, Centro Universitário FMABC - Santo André, São Paulo, Brasil; Professor Titular. Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil;
  • Daniel Alvarez Estrada Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Centro Universitário FMABC - Santo André, São Paulo, Brasil; Laboratório de Delineamento de Estudo e Escrita Científica, Centro Universitário FMABC - Santo André, São Paulo, Brasil
  • Marcelo Ferraz Campos Professor Titular. Departamento de Educação Integrada em Saúde. Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil;
  • Matheus Paiva Emidio Cavalcanti Laboratório de Delineamento de Estudo e Escrita Científica, Centro Universitário FMABC - Santo André, São Paulo, Brasil;
  • Alzira Alves de Siqueira Carvalho Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Centro Universitário FMABC - Santo André, São Paulo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.36311/jhgd.v33.15285

Palavras-chave:

COVID-19, incidência, letalidade, mortalidade , tendência

Resumo

Introdução: no Brasil, o primeiro caso por COVID-19 foi confirmado em 26 fevereiro de 2020 Até o dia 17 março de 2023, o Ministério da Saúde contabilizou 699.634 mortes por COVID-19, com uma taxa de letalidade de 1,9%. O impacto da pandemia da COVID-19 no Brasil em esferas socioeconômicas e de sistema de saúde e reflexo das grandes diferenças regionais.

Objetivo: analisar a mortalidade, incidência e letalidade por COVID-19 nos estados do paraná e santa catarina, região sul brasileira.

Método: trata-se de estudo ecológico de séries temporais utilizando dados secundários oficiais brasileiros para os casos e mortes por COVID-19. Os dados foram extraídos do painel da Secretaria Estadual de Saúde dos estados de Santa Catarina e Paraná. Para a análise da tendência, desenvolveu-se séries temporais a partir do modelo de regressão de Prais-Winsten. As análises estatísticas foram realizadas com o uso do software STATA 14.0 (College Station, TX, EUA, 2013).

Resultados: na análise das taxas no período total analisado, as tendências para mortalidade, letalidade e incidência no estado de Santa Catarina são decrescente, decrescente e estacionária, respectivamente. Já no estado do Paraná, as taxas no período total apresentaram tendência estacionária, decrescente e crescente para mortalidade, letalidade e incidência, respectivamente.

Conclusão: a COVID-19 promoveu efeito devastador sobre os estados de Santa Catarina e parana. Ambos os estados sofreram com o andamento da pandemia a COVID-19, sendo que no estado do Paraná observou-se maiores taxas de letalidade e mortalidade, sendo que em Santa Catarina obteve maior taxa de incidência ao longo do strês anos de vig~enci ada pandemia da COVID-19.

Referências

Rovetta A, Bhagavathula AS. The Impact of COVID-19 on Mortality in Italy: Retrospective Analysis of Epidemiological Trends. JMIR Public Health Surveill. 2022; 8: e36022. DOI: 10.2196/36022

World Health Organization (WHO). Coronavirus (COVID-19) Dashboard. [(accessed on 15 December 2022)]. Available online: https://covid19.who.int.

OPAS. Histórico da pandemia de COVID-19. Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) [Internet]. Available From: https://www.paho.org/pt/covid19/historico-da-pandemia-covid-19

Li Q, et al. Early transmission dynamics in Wuhan, China, of novel coronavirus–infected pneumonia. N Engl J Med. 2020; 382(13): 1199-1207.

Muralidar S, et al. The emergence of COVID-19 as a global pandemic: Understanding the epidemiology, immune response and potential therapeutic targets of SARS-CoV-2. Biochimie. 2020;179:85-100.

Chavda VP, Vuppu S, Mishra T, Kamaraj S, Patel AB, Sharma N, Chen Z-S. Recent Review of COVID-19 Management: Diagnosis, Treatment and Vaccination. Pharmacol Rep. 2022; 74: 1120–1148Harrison AG, Lin T, Wang P. Mechanisms of SARS-CoV-2 transmission and pathogenesis. Trends Immunol. 2020; 41(12): 1100-1115.

Monpara JD, Sodha SJ, Gupta PK. COVID-19 Associated Complications and Potential Therapeutic Targets. Eur J Pharmacol. 2020;886:173548. doi: 10.1016/j.ejphar.2020.

Iser BPM, et al. Definição de caso suspeito da COVID-19: uma revisão narrativa dos sinais e sintomas mais frequentes entre os casos confirmados. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2020;29.

Lopes LFD, et al. Descrição do perfil epidemiológico da Covid-19 na Região Sul do Brasil. Hygeia-Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde. 2020;16:188-198.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.

Secretaria da Saúde. Estado de Santa Catarina. Painel de casos de Covid-19. Available at: http://www.coronavirus.sc.gov.br/ Accessed on: 17 Jul 2023.

Moura EC, Cortez-Escalante J, Cavalcante FV, Barreto IC de HC, Sanchez MN, Santos LMP. Covid-19: evolução temporal e imunização nas três ondas epidemiológicas, Brasil, 2020–2022. Revista de Saúde Pública 2022;56:105–105. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2022056004907.

Abreu L, Elmusharaf K, Gomes Siqueira CE. A time-series ecological study protocol to analyze trends of incidence, mortality, lethality of COVID-19 in Brazil. J Hum Growth Dev. 2021; 31(3).

Antunes JL, Cardoso MR. Uso da análise de séries temporais em estudos epidemiológicos. Epidemiol Serv Saude. 2015; 24: 565-576.

Secretaria da Saúde. Estado do Paraná. Coronavírus - COVID-19.

Rambotti S, Wolski C, Anderson KF. It Didn’t Go Away: The Political and Social Determinants of COVID-19 Mortality Rates across Counties in the United States. COVID. 2023; 3(3): 370-380.

Jiang F, Deng L, Zhang L, Cai Y, Cheung CW, Xia Z. Review of the Clinical Characteristics of Coronavirus Disease 2019 (COVID-19). J Gen Intern Med. Mar 2020.

Barbosa Filho VC, et al. Effect of a multicomponent intervention on lifestyle factors among Brazilian adolescents from low human development index areas: a cluster-randomized controlled trial. Int J Environ Res Public Health. 2019; 16(2): 267.

dos Santos Alves JC, et al. Did the COVID-19 Pandemic Disproportionately Affect the Most Socioeconomically Vulnerable Areas of Brazil? COVID. 2023; 3(6): 924-936.

IPARDES - Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social [Internet]. [citado 14 de julho de 2023]. Distribuição do PIB paranaense é a mais equilibrada da série histórica. 2022. Available at: https://www.ipardes.pr.gov.br/Noticia/Distribuicao-do-PIB-paranaense-e-mais-equilibrada-da-serie-historica

SIDEMS. Índice de Gini dos municípios catarinenses. Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Municipal Sustentável. 2022. Available at: https://indicadores.fecam.org.br/indice/estadual/ano/2022/codIndicador/2305

Freitas CM, Silva IV, Cidade NC. COVID-19 as a global disaster: challenges to risk governance and social vulnerability in Brazil. Ambiente & Sociedade. 2020; 23: e0115.

Freitas CM, et al. Covid-19 no Brasil: cenários epidemiológicos e vigilância em saúde. Série Informação para ação na Covid-19| Fiocruz, 2021.

Daboin BEG, et al. Deciphering Multifactorial Correlations of COVID-19 Incidence and Mortality in the Brazilian Amazon Basin. Int J Environ Res Public Health. 2022; 19(3): 1153.

Lopes LFD, et al. Descrição do perfil epidemiológico da Covid-19 na Região Sul do Brasil. Hygeia-Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde. 2020; 16: 188-198.

Freitas CM, Barcellos C, Villela DAM. Covid-19 no Brasil: cenários epidemiológicos e vigilância em saúde. Série Informação para ação na Covid-19| Fiocruz. 2021.

Callaway E. COVID’s future: mini-waves rather than seasonal surges. Nature. 2023.

Parodi SM, Liu VX. From Containment to Mitigation of COVID-19 in the US. JAMA. 2020; 323: 1441. DOI: 10.1001/jama.2020.3882.

Mattiuzzi C, Lippi G. Primary COVID-19 Vaccine Cycle and Booster Doses Efficacy: Analysis of Italian Nationwide Vaccination Campaign. Eur J Public Health. 2022; 32: 328–330. DOI: 10.1093/eurpub/ckab220.

Bollyky TJ, Gostin LO, Hamburg MA. The Equitable Distribution of COVID-19 Therapeutics and Vaccines. JAMA. 2020; 323: 2462. DOI: 10.1001/jama.2020.6641

Talic S, Shah S, Wild H, Gasevic D, Maharaj A, Ademi Z, Li X, Xu W, Mesa-Eguiagaray I, Rostron J, et al. Effectiveness of Public Health Measures in Reducing the Incidence of COVID-19, SARS-CoV-2 Transmission, and COVID-19 Mortality: Systematic Review and Meta-Analysis. BMJ. 2021; 375: e068302. DOI: 10.1136/bmj-2021-068302

Mohseni Afshar Z, Hosseinzadeh R, Barary M, Ebrahimpour S, Alijanpour A, Sayad B, et al. Challenges posed by COVID-19 in cancer patients: A narrative review. Cancer Med. 2022; 11: 1119–35.

Calabrò GE, Pappalardo C, D’Ambrosio F, Vece M, Lupi C, Lontano A, Di Russo M, Ricciardi R, De Waure C. The Impact of Vaccination on COVID-19 Burden of Disease in the Adult and Elderly Population: A Systematic Review of Italian Evidence. Vaccines (Basel). 2023 May 22; 11(5): 1011.

Publicado

2023-12-01

Edição

Seção

ORIGINAL ARTICLES