Elementos constitutivos das parcerias intersetoriais e resultados positivos de saúde em áreas de alta vulnerabilidade social em São Paulo/Brasil: um estudo misto
DOI:
https://doi.org/10.36311/jhgd.v32.13777Palavras-chave:
colaboração intersetorial, atenção primária à saúde, pobreza, método mistoResumo
Introdução: estudar áreas de alta vulnerabilidade é desafiador, mas pode subsidiar ações intersetoriais para o enfrentamento das desigualdades sociais prevalentes nestas.
Objetivo: esta pesquisa explora a relação entre os constituintes centrais das colaborações intersetoriais e os resultados positivos das ações intersetoriais em áreas de alta vulnerabilidade social em São Paulo, Brasil. Também analisa a percepção dos profissionais das Unidades Básicas de Saúde sobre os resultados relacionados a essas ações.
Método: aplicamos uma triangulação de métodos. A estratégia explicativa sequencial de método misto foi utilizada seguindo os seguintes passos: Primeiramente, aplicamos um formulário online validado por face e conteúdo para gestores de UBS, e 60,7% dos gestores responderam. Utilizou-se o software SPSS Statistic para realizar o teste não paramétrico. Valores de p <= 0,05 foram considerados estatisticamente significantes. O intervalo de confiança de 95% e o coeficiente Phi também foram calculados. Após identificar as Unidades que realizavam ações intersetoriais com diferentes parceiros, realizamos grupos focais em quatro delas com a participação de 26 profissionais de saúde até a saturação. Por fim, integramos os dados quantitativos e qualitativos.
Resultados: a análise bivariada mostrou que a criação de hábitos saudáveis e melhorias ambientais estiveram associadas aos elementos centrais que constituem as parcerias intersetoriais com significância estatística (p <= 5). A análise de conteúdo apresentou os passos para elaborar as ações e chegar aos resultados a partir dos elementos centrais. Ao integrar os resultados, respondemos como foram elaborados os resultados relacionados às ações, considerando os elementos centrais dos processos colaborativos.
Conclusão: os parceiros intersetoriais negociam com os pacientes ou comunidades a adesão aos cuidados sugeridos pelo processo colaborativo. No entanto, reconhecem que precisam avaliar regularmente as ações propostas.
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