Avaliação do polimorfismo g473a no gene da lisil oxidase como fator de risco relacionado à ocorrência de câncer de mama em mulheres brasileiras

Autores

  • Rodrigo Guilherme Varotti Pereira aDisciplina de Ginecologia, Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) Av. Príncipe de Gales, 821 – Vila Príncipe de Gales, Santo André – SP, Brasil, 09060-650
  • Ricardo Peres Souto bDisciplina de Bioquímica, Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) Av. Príncipe de Gales, 821 – Vila Príncipe de Gales, Santo André – SP, Brasil, 09060-650
  • Priscila Larcher Longo cUniversidade São Judas Tadeu. R. Taquari, 546 - Mooca - São Paulo/SP - 03166-000. Taquari, 546 - Mooca - São Paulo/SP
  • César Eduardo Fernandes aDisciplina de Ginecologia, Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) Av. Príncipe de Gales, 821 – Vila Príncipe de Gales, Santo André – SP, Brasil, 09060-650
  • Ivo Carelli Filho aDisciplina de Ginecologia, Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) Av. Príncipe de Gales, 821 – Vila Príncipe de Gales, Santo André – SP, Brasil, 09060-650
  • Rogério Tadeu Felizi aDisciplina de Ginecologia, Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) Av. Príncipe de Gales, 821 – Vila Príncipe de Gales, Santo André – SP, Brasil, 09060-650
  • Melissa Gonzales Veiga aDisciplina de Ginecologia, Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) Av. Príncipe de Gales, 821 – Vila Príncipe de Gales, Santo André – SP, Brasil, 09060-650
  • Emerson de Oliveira aDisciplina de Ginecologia, Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) Av. Príncipe de Gales, 821 – Vila Príncipe de Gales, Santo André – SP, Brasil, 09060-650

DOI:

https://doi.org/10.36311/jhgd.v32.13317

Palavras-chave:

lisil oxidase, neoplasias mamárias, polimorfismo genético, colágeno, elastina

Resumo

Introdução: o câncer de mama é o tipo de câncer mais diagnosticado e a principal causa de morte entre as mulheres em todo o mundo. Aproximadamente 1,67 milhões de novos casos de câncer de mama foram diagnosticados em 2012, levando a mais de meio milhão de mortes. O câncer de mama foi responsável por 11,6% dos novos casos de cânceres diagnosticados (2.089 milhões) e 9,2% (787.000) das mortes relacionadas ao câncer para ambos os sexos e em todas as idades em todo o mundo em 2018.

Objetivo: o câncer de mama como o carcinoma mais diagnosticado no mundo e a principal causa de morte entre as mulheres, é uma morbidade de grande importância, sendo o objetivo deste estudo avaliar a associação entre o polimorfismo do gene LOX G473A (rs1800449) a ocorrência de câncer de mama, potencialmente estabelecendo um novo achado na identificação de riscos, prevenção, e atendimento a um grupo específico de mulheres.

Método: neste estudo de coorte retrospectivo, a frequência do polimorfismo LOX G473A foi avaliada em 148 mulheres com câncer de mama e 245 mulheres sem a doença. Todas as pacientes responderam a um questionário para identificação de possíveis fatores de risco e posteriormente realizaram coleta de sangue periférico para estudo do gene LOX. O DNA foi extraído seguido da amplificação gênica via PCR, e o polimorfismo foi estudado por eletroforese de fragmentos específicos após digestão das amostras com a endonuclease de restrição do organismo Providencia stuartii.

Resultados: este estudo identificou o uso de anticoncepcional oral e o antecedente familiar de câncer de mama como fatores de risco par a doença; o polimorfismo G473A na LOX não foi identificado como fator de risco.

Conclusão: não foi observada relação entre o polimorfismo LOX G473A e a ocorrência de câncer de mama.

Referências

Di Sibio A, Abriata G, Forman D, Sierra MS. Female breast cancer in Central and South America. Cancer Epidemiology 2016; 44: S110–20. https://doi.org/10.1016/j.canep.2016.08.010

Globocan 2018 Latest global cancer data – IARC n.d. https://www.iarc.who.int/infographics/globocan-2018-latest-global-cancer-data/ (accessed April 1, 2022).

Institucional. INCA - Instituto Nacional de Câncer 2018. https://www.inca.gov.br/institucional (accessed April 1, 2022).

Bray F, Ferlay J, Soerjomataram I, Siegel RL, Torre LA, Jemal A. Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA Cancer J Clin 2018; 68: 394–424. https://doi.org/10.3322/caac.21492

Bray F, Ferlay J, Soerjomataram I, Siegel RL, Torre LA, Jemal A. Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA: A Cancer Journal for Clinicians 2018; 68: 394–424. https://doi.org/10.3322/caac.21492

Rojas K, Stuckey A. Breast Cancer Epidemiology and Risk Factors. Clin Obstet Gynecol 2016; 59: 651–72. https://doi.org/10.1097/GRF.0000000000000239

Goldgar DE, Easton DF, Cannon-Albright LA, Skolnick MH. Systematic population-based assessment of cancer risk in first-degree relatives of cancer probands. J Natl Cancer Inst 1994; 86: 1600–8. https://doi.org/10.1093/jnci/86.21.1600

Mavaddat N, Peock S, Frost D, Ellis S, Platte R, Fineberg E, et al. Cancer risks for BRCA1 and BRCA2 mutation carriers: results from prospective analysis of EMBRACE. J Natl Cancer Inst 2013; 105: 812–22. https://doi.org/10.1093/jnci/djt095

Chen JJ, Silver D, Cantor S, Livingston DM, Scully R. BRCA1, BRCA2, and Rad51 operate in a common DNA damage response pathway. Cancer Res 1999; 59:1752s–6s

Friesenhengst A, Pribitzer-Winner T, Schreiber M. Association of the G473A Polymorphism and Expression of Lysyl Oxidase with Breast Cancer Risk and Survival in European Women: A Hospital-Based Case-Control Study. PLoS ONE 2014; 9:e105579. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0105579

Ren J, Wu X, He W, Shao J, Cheng B, Huang T. Lysyl oxidase 473 G>A polymorphism and breast cancer susceptibility in Chinese Han population. DNA Cell Biol 2011; 30: 111–6. https://doi.org/10.1089/dna.2010.1098

Jeong YJ, Park SH, Mun SH, Kwak SG, Lee S-J, Oh HK. Association between lysyl oxidase and fibrotic focus in relation with inflammation in breast cancer. Oncology Letters 2018; 15: 2431–40. https://doi.org/10.3892/ol.2017.7617

Payne SL, Fogelgren B, Hess AR, Seftor EA, Wiley EL, Fong SFT, et al. Lysyl oxidase regulates breast cancer cell migration and adhesion through a hydrogen peroxide-mediated mechanism. Cancer Research 2005; 65: 11429–36. https://doi.org/10.1158/0008-5472.CAN-05-1274

Goodsell DS. The molecular perspective: the ras oncogene. Oncologist 1999; 4: 263–4

Wang G, Shen Y, Cheng G, Bo H, Lin J, Zheng M, et al. Lysyl Oxidase Gene G473A Polymorphism and Cigarette Smoking in Association with a High Risk of Lung and Colorectal Cancers in a North Chinese Population. Int J Environ Res Public Health 2016; 13. https://doi.org/10.3390/ijerph13070635

Zhang H-F, Zhao K-J, Xu Y, Hong B, Zhao W-Y, Liu J-M, et al. Lysyl oxidase polymorphisms and ischemic stroke—a case control study. Mol Biol Rep 2012; 39: 9391–7. https://doi.org/10.1007/s11033-012-1803-9

Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil. INCA - Instituto Nacional de Câncer 2018. https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/diretrizes-para-deteccao-precoce-do-cancer-de-mama-no-brasil (accessed April 1, 2022).

Overexpression of Lox in triple-negative breast cancer. | Sigma-Aldrich n.d. https://www.sigmaaldrich.com/US/en/tech-docs/paper/1413766 (accessed April 1, 2022).

Csiszar K, Fong SFT, Ujfalusi A, Krawetz SA, Salvati EP, Mackenzie JW, et al. Somatic mutations of the lysyl oxidase gene on chromosome 5q23.1 in colorectal tumors. Int J Cancer 2002; 97: 636–42. https://doi.org/10.1002/ijc.10035

Ren C, Yang G, Timme TL, Wheeler TM, Thompson TC. Reduced lysyl oxidase messenger RNA levels in experimental and human prostate cancer. Cancer Research 1998; 58: 1285–90.

Kirschmann DA, Seftor EA, Fong SFT, Nieva DRC, Sullivan CM, Edwards EM, et al. A molecular role for lysyl oxidase in breast cancer invasion. Cancer Research 2002; 62: 4478–83.

Min C, Yu Z, Kirsch KH, Zhao Y, Vora SR, Trackman PC, et al. A loss-of-function polymorphism in the propeptide domain of the LOX gene and breast cancer. Cancer Res 2009; 69: 6685–93. https://doi.org/10.1158/0008-5472.can-08-4818

Publicado

2022-06-23

Edição

Seção

ORIGINAL ARTICLES