Filhos com transtorno do espectro autista: percepção e vivência das familias

Autores

  • Patricia Poleto Monhol Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM), Vitória – Espírito Santo, Brazil.
  • Juliana Maria Bello Jastrow Escola Superior da Escola de Ciências da Escola da Santa Casa de Vitória
  • Yasmin Neves Soares Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM
  • Nathalya das Candeias Pastore Cunha Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM
  • Micael Colodette Pianissola Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM
  • Larissa Zuqui Ribeiro Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM
  • Jaçamar Aldenora dos Santos Universidade Federal do Acre. Centro Universitário FMABC; Laboratório de Escrita Científica da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM), Vitória – Espírito Santo, Brazil.
  • Italla Maria Pinheiro Bezerra Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM

DOI:

https://doi.org/10.36311/jhgd.v31.12224

Palavras-chave:

transtorno do espectro autista, família, profissionais

Resumo

Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) faz parte dos distúrbios do neurodesenvolvimento, que são distúrbios comportamentais e cognitivos. Esses sintomas aparecem de acordo com o desenvolvimento da criança, porém, na maioria das vezes apresentam-se antes dos três anos, podendo ser evoluídos em intensidades maiores ou não.

Objetivo: Analisar a vivência das famílias com filhos com Transtorno do Espectro Autista.

Método: Estudo exploratório de abordagem qualitativa realizada na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Participaram do estudo 46 famílias e 10 profissionais. Para a análise dos resultados deu-se mediante a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin. O projeto de pesquisa deste estudo recebeu parecer aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos sob parecer de nº 3.172.942 em 27 de fevereiro de 2019.

Resultados: Evidenciou-se que a família é um instrumento importante para o cuidado com crianças com TEA e, por essa razão, está deve ser vista de forma integrada e não fragmentada no cuidado, revelando assim a necessidade de promover ações que cuidem do cuidador e não apenas da criança em si, pois como visto, todo processo que vai do nascimento ao diagnóstico e tratamento da criança requer mudanças que podem trazer agravos também a saúde da família.

Conclusão: A vivência das famílias de crianças com (TEA) perpassa por fases de aceitação e adaptação e que depende da interação e assistência dos profissionais para que possam, apesar de mudanças de vida, perceberem como importantes na promoção da vida da criança desde o desenvolvimento motor e cognitivo a interação com a sociedade.

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Publicado

2021-08-03

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