Prevalence of chronic noncommunicable diseases and their associated factors in adults over 39 years in riverside population in the western brazilian amazon region

Autores

  • Antonieta Universidade Federal de São João Del Rei - UFSJ
  • Juliana Souza de Almeida Aranha Camargo FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ/ILMD/MANAUS
  • Sergio de Almeida Basano dCentro de Medicina Tropical de Rondônia, Av. Guaporé, 215, CEP 78918-791 Porto Velho, Rondônia, Brazil;
  • LUÍS MARCELO ARANHA CAMARGO UNIVERSITY OF SÃO PAULO

DOI:

https://doi.org/10.36311/jhgd.v32.11323

Palavras-chave:

Doença Crônica Não Transmissível, População Ribeirinha, Amazônia Ocidental Brasileira

Resumo

O objetivo do estudo é estimar a prevalência de doença crônica não transmissível (DCNT) e seus fatores de risco em população ribeirinha do rio Madeira em Humaitá, Amazonas. Utilizou-se método observacional de estudo de prevalência. Foram visitadas 16 comunidades, com tamanho amostral de 183 indivíduos adultos, amostra realizada por conveniência, onde passaram por uma triagem e verificados: peso, altura, circunferência abdominal, pressão arterial, história clínico-epidemiológica e realizados o exame físico e laboratoriais. As análises de prevalência e as razões de prevalência foram calculadas com intervalos de confiança com significância estatística de 95% e p<0,05. A prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) foi de 44,7%, destes, 52,6% do gênero feminino. Dos indivíduos hipertensos, 77,5% não usavam medicação. Cerca 51,5% dos hipertensos tem HAS Grau I. A prevalência de diabetes mellitus tipo 2, foi de 16,4%, onde nenhum paciente utilizava medicação e cerca de 40,4% da população estudada se encaixa na faixa de intolerância à glicose. Síndrome metabólica apresentou prevalência de 24,0%, maior frequência no gênero feminino (33,8%) (p=0,007). Em relação à disfunção renal, observou-se uma prevalência de 12,1%, nos dois gêneros. Os fatores de risco encontrados foram alcoolismo, tabagismo e obesidade, e mais de 45% apresentou ao menos dois fatores de risco. A população possui elevadas prevalências de DCNT e fatores de risco, baixa frequência de uso de medicamentos, revelando ineficiência do sistema de saúde local. Aumento da cobertura da Estratégia Saúde da Família, aliada a ações de educação em saúde podem incrementar o padrão de saúde da população.

Biografia do Autor

  • Antonieta, Universidade Federal de São João Del Rei - UFSJ

    Pós-graduação na Universidade Federal de São João Del Rei - UFSJ

  • Juliana Souza de Almeida Aranha Camargo, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ/ILMD/MANAUS

    Post graduation studente at FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ/ILMD/MANAUS

  • LUÍS MARCELO ARANHA CAMARGO, UNIVERSITY OF SÃO PAULO

     

     

Referências

Omram AR. The epidemiological transition: a theory of the epidemiology of population change. Milbank Memorial Fund Quarterly. 1971; 49(4):509-583.

Horiuchi S. Epidemiologic transitions in humam history. In: UNITED NATIONS. Health and mortality issues of global concern: proceedings of the Sumposium on Health and Mortality, New York, p. 54-71, 1999.

Global Burden of Disease Study 2013 Collaborators. Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 301 acute and chronic diseases and injuries in 188 countries, 1990–2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013. Lancet 2015; 386: 743–800.

Achutti A, Azambuja MIR. Doenças Crônicas Não-Transmissíveis no Brasil: Repercussões do Modelo de Atenção a Saude Sobre a Seguridade Social. Ciência & Saúde Coletiva, 9 (4): 833-840, 2004.

Schmidt MI, Duncan BB, Azevedo e Silva G, Menezes AM, Monteiro CA, Barreto SM et al. Chronic non-communicable diseases in Brazil: burden and current challenges. Lancet. 2011;377:1949-61.

Fraxe TJP, Pereira HS, Witkoski AC. Comunidades ribeirinhas amazônicas: modos de vida e uso dos recursos naturais. Manaus: EDUA; 2007.

Gama ASM, Fernandes TG, Parente RCP. Secoli SR. Inquérito de saúde em comunidades ribeirinhas do Amazonas, Brasil. Caderno de Saúde Pública. 34(2):e00002817. 2018.

ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Volume 107, Nº 3, Suplemento 3. Rio de Janeiro, 2016.

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2014-2015/Sociedade Brasileira de Diabetes ; [organização José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio]. – São Paulo: AC Farmacêutica, 2015.

Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2013; 101 (4 Supl. 1):1-20.

K/DOQI. Clinical practice guidelines for chronic kidney disease: evaluation, classification and stratification. Am J Kidney Dis 2002;39 (suppl):S1-S246.

Rocha-Brischiliari, et al. Doenças Crônicas não Transmissíveis e Associação de Fatores de Risco. Revista Brasileira de Cardiologia, 2014, 27 (I): 35-42.

Oliveira BFA, Mourão DS, Gomes N, Costa JMC, Souza AV, Bastos WR, et al. Prevalência de hipertensão arterial em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira, Amazônia Ocidental Brasileira. Cad Saúde Pública 2013; 29:1617-30.

Rosário TM, Scala LCN, França GVA, Pereira MR, Jardim PCBV. Fatores associados à hipertensão arterial sistêmica em Nobres - MT. Rev Bras. Epidemiol 2009;12(2):248-57.

Borges HP, Cruz NC, Moura EC. Associação entre hipertensão arterial e excesso de peso em adultos, Belém, Pará, 2005. Arq Bras Cardiol 2008; 91:110-8.

Coelho, et al. The New Challenge: The Aging Process in the Brazilian Amazonia J Gerontol Geriatr Res: 2015, 4:1

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa nacional por amostra de domicílios (PNAD 2013): Percepção do estado de saúde, estilo de vida e doenças crônicas. Rio de Janeiro: IBGE; 2014.

Leal MO, Jardim ADI. Qualidade da informação sobre diabéticos e hipertensos registrada no Sistema Hiperdia em São Carlos – SP, 2002-2005. Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 19(2): 405-417, 2009.

Malta DC, et al. Fatores associados ao diabetes autorreferido segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Revista de Saúde Pública. 2017;51 Supl 1:12s.

Vitoi NC, et al. Prevalência e fatores associados ao diabetes em idosos no município de Viçosa, Minas Gerais. Revista Brasileira de Epidemiologia. Out.Dez, 2015; 18(6): 953-965.

Schmidt MI, Duncan BB, Hoffmann JF, Moura L, Malta DC, Carvalho RM. Prevalence of diabetes and hypertension based on self-reported morbidity survey, Brazil, 2006. Rev. Saúde Pública. 2009 nov;43 Suppl 2:74-82.

Rigo J C, Vieira JL, Dalacorte RR, Reichert CL. Prevalência de síndrome metabólica em idosos de uma comunidade: comparação entre três métodos diagnósticos. Arq Bras Cardiol, v. 93, n. 2, p. 85–91, 2009.

Guize L, Pannier B, Thomas F, Bean K, Jégo B, Benetos A. Recent advances in metabolic syndrome and cardiovascular disease. Arch Cardiovasc Dis. 2008; 101:577–583.

Pereira LP, et al. Dislipidemia autorreferida na região Centro-Oeste do Brasil: prevalência e fatores de risco. Ciência & Saúde Coletiva, 20(6):1815-1824, 2015.

Bastos RMR, Bastos MG, Ribeiro LC, Bastos RV, Teixeira MTB. Prevalência da Doença Renal Crônica nos Estágios 3, 4 e 5 em adultos. Rev Assoc Med Bras 2009; 55(1): 40-4.

Amaral TLM, Amaral CA, Vasconcellos MTL, Monteiro GTR. Prevalência e fatores associados a doença renal crônica em idosos. Rev Saúde Pública. 2019;53:44.

Coresh J, Selvin E, Stevens LA, Manzi J, Kusek JW, Eggers P, et al. Prevalence of chronic kidney disease in the United Sta¬tes. JAMA 2007; 298:2038-47.

Veras R. Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Rev Saúde Pública. 2009; 43(3):548-54.

Zangirolami-Raimundo, J.; Echeimberg, J. O.; Leone, C. Research methodology topics: Cross-sectional studies. Journal of Human Growth and Development. 2018; 28(3): 356-360.

Downloads

Publicado

2022-01-31

Edição

Seção

ORIGINAL ARTICLES