Alergia à proteína do leite de vaca, qualidade de vida e estilos parentais
DOI:
https://doi.org/10.36311/jhgd.v31.11077Palavras-chave:
hipersensibilidade a leite, qualidade de vida, relações pais-filhos, cuidado da criançaResumo
Introdução: A alergia à proteína do leite de vaca requer alterações dos hábitos familiares para manutenção das condições de saúde das crianças.
Objetivo: Este estudo analisou os efeitos da alergia à proteína do leite de vaca sobre a saúde de crianças, qualidade de vida de responsáveis e crianças e sobre os estilos parentais adotados.
Método: Estudo caso controle. O grupo caso foi constituído por crianças com alergia à proteína do leite de vaca, de oito meses a cinco anos de idade, e seus responsáveis, e o Grupo Controle, por crianças saudáveis, de mesma faixa etária, e seus responsáveis. Foram avaliadas a qualidade de vida da criança (TNO-AZL Preschool Children Quality of Life) e do responsável (SF-36); estilo parental (Escala de Crenças Parentais e Práticas de Cuidado); e dados socioeconômicos e de saúde da criança. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparar os grupos (p <0,05).
Resultados: Participaram 26 díades do grupo caso e 44 do grupo controle. Crianças com alergia proteína do leite de vaca apresentaram menor qualidade de vida na dimensão saúde, pior estado nutricional, realizaram acompanhamento com maior número de profissionais da saúde. Os responsáveis do grupo caso ofereceram menor estimulação corporal às crianças. Responsáveis do grupo controle apresentaram menor qualidade de vida emocional.
Conclusão: A alergia à proteína do leite de vaca impactou na saúde e no estado nutricional das crianças, na estimulação corporal recebida pelas crianças, e na qualidade de vida emocional dos responsáveis.
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