Medidas de distanciamento social podem ter reduzido as mortes estimadas relacionadas à COVID-19 no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.v30.10360Palavras-chave:
Beta-coronavírus, Centros de Controle e Prevenção de Doenças (EUA), Coronavírus, Infecções por Coronavírus, Morte, Vírus SARSResumo
O distanciamento social foi planejado como uma medida preventiva para controlar a disseminação extensiva da COVID-19. Foi analisado as mortes relacionadas à COVID-19 no Brasil durante o período de medidas de distanciamento social. Os dados de mortalidade do COVID-19 foram obtidos no site da Worldometer. As mortes foram estimadas até o 31º dia após a ocorrência da 5ª morte relacionada à COVID-19 no Brasil. O distanciamento social foi medido por meio dos relatórios de mobilidade comunitária do Google. As curvas epidêmicas brasileiras foram interligadas e os modelos matemáticos foram avaliados para se ajustarem às curvas de estimativa de mortalidade. O modelo otimista foi definido no período de abertura do distanciamento social e, portanto, na menor mobilidade (40-60%). O modelo realista foi calculado de acordo com medidas de distanciamento social relaxado (<40%) e o modelo pessimista foi calculado com base na taxa de transmissão entre 2-3. Assim, as equações dos modelos matemáticos proveram os desfechos para a data de nove de junho de 2020, conforme seguem: modelo realista com 40.623 mortes, modelo pessimista com 64.310 mortes e o modelo otimista com projeção de 31.384. Como resultados dessas análises, na data de 24 de maio de 2020 obteve um total de 22.965 mortes relacionadas com a COVID-19, sendo que essas mortes inseridas dentro dos modelos matemáticos propostos foram de 17.452 para o modelo otimista, 22.623 para o modelo realista e 32.825 para o modelo pessimista. Assim, conclui-se que a medida de distanciamento social promovida pelos gestores públicos brasileiros contribui para a redução em aproximadamente dez mil mortes relacionadas com a COVID-19 no atual cenário pandêmico.
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