Triagem do câncer cervical: acesso e prevenção na atenção primária à saúde no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36311/jhgd.v31.10319

Palavras-chave:

Neoplasias do Colo do Útero, Atenção Primária à Saúde, Teste de Papanicolaou.

Resumo

O câncer do colo do útero é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Sua triagem através do exame de Papanicolaou é crucial para prevenção e detecção precoce. O objetivo do estudo foi avaliar a taxa de Papanicolaou nas regiões do Estado do Rio Grande do Norte de 2008 a 2014 e comparar as regiões com triagem cada vez menor para câncer de colo uterino de acordo com o espaço. Trata-se de um estudo quantitativo, retrospectivo, descritivo e transversal que utilizou dados secundários do SISCOLO/DATASUS. A amostra foi composta pelos 167 municípios do estado do Rio Grande do Norte no Brasil, divididos pelas oito regiões desse estado. O programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) foi utilizado para estatística descritiva através do conhecimento de médias, frequências e porcentagens. O mapeamento dos resultados foi realizado por meio do programa TabWin 32. Quanto aos resultados, a taxa de aeração do Papanicolau variou consideravelmente entre as regiões do estado nos anos de 2008 a 2014. Houve queda na média da razão entre os anos de 2008 e 2014, principalmente na região metropolitana. Em relação ao espaço, observou-se que a maioria dos municípios com menor índice está localizada nas extremidades do mapa. O conhecimento do indicador de razão nas regiões do estado é fundamental para a gestão da saúde naquele estado, a fim de qualificar melhor os profissionais e estabelecer metas específicas para a avaliação da cobertura do câncer de colo de útero.

Referências

1. Jemal ADVM, Bray F, Center MM, Ferlay JME, Ward E, Forman D. Global cancer statistics. CA Cancer J Clin 2011; 61:69-90

2. Eskander RN, Tewari KS. American Society of Clinical Oncology 2013: Summary of Scientific Advancements in Gynecologic Cancer. Int J Gynecol Cancer 2014; 24:13–18.

3. Ministry of Health (BR). Control of cervical and breast cancers. Brasília: Ministry of Health. 2013.

4. National Cancer Institute. Incidence of cancer in Brazil, estimate. 2014.

5. TewarI KS, Sill MW, Long HJ, Penson RT, Huang H, Ramondetta LM et al. Improved Survival with Bevacizumab in Advanced Cervical Cancer. N Engl J Med 2014; 370:734–743

6. Yanikkerem E, Goker A, Piro N, Dikayak S, Koyuncu FM. Knowledge About Cervical Cancer, Pap Test and Barriers Towards Cervical Screening of Women in Turkey. Journal of Cancer Education 2012; 28: 375–383

7. World Health Organization. ICO Information Centre on HPV and Cervical Cancer (HPV Information Centre). Summary report on HPV and cervical cancer statistics in Brazil. 2014.

8. DATASUS. Ministry of Health (BR). Statistical information of cervical-vaginal cytopathological examination. 2014.

9. National Cancer Institute in Brazil. Report of Indicators of Cervical Cancer Control Actions. 2016.

10. DATASUS. Ministry of Health (BR). Regional, State and National Indicators of the List of guidelines, objectives, targets and indicators for 2014: Ratio for Pap smear examination. 2016.

11. Ministry of Health (BR). Guidelines, objectives, targets and indicators 2013-2015. 2015.

12. Correa MS, Silveira DS, Siqueira FV, Facchini LA, Piccini RX, Thumé E et al. 2012. Coverage and adequacy of cervical examination in Southern and Northeastern Brazil. Cad. Public Health 28:2257-2266

13. Ferreira ML. Reasons that influence the non-performance of the Pap smear according to women’s perception. Esc Anna Nery 2009; 13:378-384

14. Murata IMH, Gabrielloni MC, Schirmer J. Coverage of Pap smear in women aged 25 to 59 years in Maringá – PR, Brasil. Rev Bras Cancerol 2012; 58:409-415

15. Ministry of Health (BR). Strategic actions plan for coping with chronic noncommunicable diseases (DCNT) in Brazil, 2011-2022. 2011.

16. Sadovsky ADI, Poton WL, Santos BR, Barcelos MRB Silva IC. Index of Human Development and Secondary Prevention of Breast Cancer and Cervical Cancer: an ecologic study. Cad. Saúde Pública 2015; 31:1539-1550

17. Dias MBK, Tomazelli JG, Assis M. Screening of Cervical Cancer in Brazil: analysis of SISCOLO data from 2002 to 2006. Epidemiol. Serv. Saúde 2010; 19:293-306

18. Cesarim MR, Piccoli JCE. Health Education for Prevention of Cervical Cancer in Women of the Municipality of Santo Ângelo/RS. Science and Collective Health 2012; 16:3925-3932

19. Santos RS, Melo ECP, Santos KM. Spatial Analysis of Indicators agreed for the screening of Cervical Cancer in Brazil. Texto Contexto Enferm 2012; 21:800-810

20. Goodman A. The Social Ecology of Cervical Cancer: The Challenges to Pap Smear Screening. IJCM 2013; 4:16-20

21. Sousa AMV, Teixeira CCA, Medeiros SS, Nunes SJC, Salvador PPTCO, Barros RMB et al. Cervical cancer mortality in the state of Rio Grande do Norte, Brazil, 1996-2010: time trends and projections up to 2030. Epidemiol. Serv. Saúde. 2016; 25(2):311-322.

22. Barbosa IR, Souza D, Bernal MM, Costa ICC. Desigualdades regionais na mortalidade por câncer de colo de útero no Brasil: tendências e projeções até o ano 2030. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2015/Jul). Available from: http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/desigualdades-regionais-na-mortalidade-por-cancer-de-colo-de-utero-no-brasil-tendencias-e-projecoes-ate-o-ano-2030/15188?id=15188.

Publicado

2021-04-28

Edição

Seção

ORIGINAL ARTICLES