Estado da arte sobre o ensino de enfermagem e os desafios do uso de tecnologias remotas em época de pandemia do Corona Vírus
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.v30.10087Palavras-chave:
COVID-19, Mudanças, Educação, Formação em saúde, Enfermagem, Tecnologias, InovaçõesResumo
Introdução: A pandemia do Corona vírus (COVID-19) provocou em caráter emergencial a necessidade dos gestores das faculdades e universidades de todo mundo de reinventar novas formas de prover o ensino preservando a qualidade dele. Com as novas portarias do Ministério da Educação e Saúde, houve uma abertura para que todos os cursos utilizassem de metodologias remotas para continuidade do ano letivo, surgindo novos desafios e paradigmas com essa proposta metodológica: prover para o usuário, a sensação de imersão, de estar dentro do ambiente, a partir da navegação e interação nesse meio virtual, ao mesmo tempo que o educador, respeitando os princípios educacionais e a abordagem pedagógica que acredita, não transformar esse momento em uma simples educação à distância.
Objetivo: descrever o estado da arte sobre o ensino de enfermagem e os desafios do uso de tecnologias remotas em época de pandemia do Corona vírus.
Método: trata-se de estudo reflexivo consubstanciado por fontes secundárias da literatura pertinente à temática, considerando artigos de periódicos nacionais e internacionais e produções recentes sobre educação, formação em saúde, tecnologias remotas, o COVId-19 e saúde pública.
Resultados: evidencia-se que vivenciar os efeitos da pandemia de corona vírus (COVID-19) no setor educacional na formação em saúde, em especial no campo da enfermagem, vai além de uma reorganização estrutural dos cursos, pois implica em mudança atitudinal dos gestores, docentes e discentes para que reformulem as práticas de ensino (por vezes com ferramentas tradicionais), em práticas inovadoras preservando um ensino que propicie ao estudante a criticidade, reflexão, diálogo, vínculo e interação; elementos que fazem parte de uma formação que visa a transformação, o empoderamento e não apenas a transmissão do conhecimento. Nesse contexto, a pandemia do COVID-19 provocou mudanças de paradigmas talvez ainda não superados pelas instituições na área da saúde, pois ao se perceberem dentro de uma realidade em que gerou mudanças nos aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais em nível mundial, estas tiveram que se reinventar e inserir no seu processo de trabalho as novas formas de ensinar; tiveram que discutir sobre as diferentes abordagens educacionais e diante das necessidades do readequar os métodos de ensino em saúde, inseriram as tecnologias remotas como ferramentas essenciais para atender a real necessidade da continuidade das aulas no formato não presencial. Para muitos um desafio, pois permeia atualmente uma reflexão sobre o cuidado do ensino à distância no campo da enfermagem e demais cursos da área da saúde. Entretanto, à medida que se abriu para discussões sobre novas formas de ensinar mediadas pela inovação, pode-se dizer que esse será o maior impacto da pandemia para o ensino: a contribuição das novas tecnologias de informação e comunicação no processo ensino aprendizagem para formação em saúde, assim como a reflexão sobre a educação à distância e seus conceitos, diferenciando-a dos conceitos de metodologia remota e o uso das tecnologias.
Conclusão: No ensino da enfermagem, a discussão relacionada ao uso de tecnologias remotas em sala de aula sempre foi um ponto de debate. Entretanto, com a necessidade da inclusão dessas ferramentas para a continuidade de aulas no formato não presencial decorrente da estratégia do isolamento social motivada pela pandemia do COVID-19, pode oportunizar a se ter um novo olhar sobre o assunto e que talvez com esse momento vivido se haja oportunidade de ampliar o debate sobre uso dessas metodologias remotas no ensino em saúde, buscando uma reflexão sobre a interação destas com os demais métodos de ensino já implementados.
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