Características infantis, maternas e socioeconômicas influenciam práticas de higiene bucal em escolares
DOI:
https://doi.org/10.36311/jhgd.v32.13163Palabras clave:
Higiene bucal, Hábitos, Criança, Determinantes Sociais da SaúdeResumen
Introdução: a prevenção da cárie dentária é realizada basicamente pela escovação e uso do fio dental. A adoção desses hábitos, principalmente em crianças, é um processo complexo que depende de fatores relacionados a diferentes aspectos da vida.
Objetivo: determinar a associação entre características infantis, maternas e socioeconômicas com hábitos de higiene bucal em escolares de 7 a 10 anos de Vitória, Espírito Santo, Brasil.
Método: estudo transversal realizado com amostra probabilística em três estágios com população final do estudo de 1.282 alunos. Os dados foram coletados por meio de questionário aplicado às crianças e aos pais para preenchimento e devolução. O desfecho foi a variável resumo denominada;Práticas de Higiene Bucal; com três combinações possíveis: nível menos favorável, nível intermediário e nível mais favorável. As variáveis independentes foram características das crianças, maternas e socioeconômicas. A Análise de Regressão Multinomial foi realizada entre as variáveis independentes que apresentaram significância p-valor<0,10 na Análise Bivariada e a variável resumo. O nível de significância para as variáveis no modelo final foi de p-valor<0,05 e o nível menos favorável foi utilizado como referência.
Resultados: a maioria das crianças era do sexo feminino (58,0%), com idade entre 8 e 9 anos (56,1%) e matriculada em escolas públicas (82,8%). O nível de higiene bucal mais favorável apresentou a maior prevalência (78,0%) entre os escolares. Permaneceram associadas ao nível mais favorável no modelo final as variáveis: morar com pai e mãe no mesmo domicílio (OR=2,88; IC 95%=1,15-7,20), consulta odontológica (OR=3,01; IC 95%=1,32-6,85), experiência em cárie (OR=2,88; IC 95%=1,15-7,20) e possuir escova de dentes (OR=4,72; IC 95%=1,43 -15,66).
Conclusão: os determinantes sociais têm forte influência na adoção de hábitos positivos. É necessário para a saúde pública uma abordagem mais abrangente na perspectiva das desigualdades em saúde para que o contexto familiar e social não seja negligenciado.
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