Programa Escola sem Partido: despolitização radical e redirecionamento ideológico na Educação Pública
DOI:
https://doi.org/10.36311/2236-5192.2019.v20n1.06.p77Palabras clave:
Escola Sem Partido, Educação Pública, IdeologiaResumen
Analisamos o programa Escola Sem Partido considerando suas características históricas, fundamentos e proposições. Explicitar os princípios ideológicos do programa, ao contrário do discurso de neutralidade proferido por seus principais representantes, e alertar para as consequências ao caráter público da educação brasileira constituem-se como objetivos deste texto. Considerando os trabalhos de Fernandes (1976), Iasi (2011), Marenco (2014), Singer (2012), entre outros, o trabalho foi produzido a partir de palestras e conferências de seus autores para estudantes e professores junto a escolas e universidades no Sul do Brasil. Entendemos que o programa Escola Sem Partido, a despeito da retórica em prol da neutralidade política e científica, guarda relações com orientações conservadoras, religiosas e de grupos sociais ligados a partidos que, no espectro político brasileiro, se situam à direita. Por isso, sua atuação tem posição ideológica clara e explícita no combate aos postulados que sustentam a democracia, o acesso ao amplo conhecimento científico, atingindo as possibilidades da formação humana de crianças e jovens nas escolas públicas brasileiras.
Recebido em: 12/11/2017.
Aprovado em: 13/06/2019.
Descargas
Referencias
ARCARY, V. Um reformismo quase sem reformas: uma crítica marxista do governo Lula em defesa da revolução brasileira. São Paulo: Sundermann, 2015.
CÂMARA DOS DEPUTADOS. PL n. 867 de 2015. Disponível em http://www.camara.gov.br/sileg/integras/1317168.pdf Acesso 08/11/2017 às 16h51min.
CATANNI, A. D. O significado dos protestos urbanos segundo o mainstream econômico. IN: CATANNI, A. D. (Org.). Protestos: análises das ciências sociais. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2014.
CIAVATTA, M. Resistindo aos dogmas do autoritarismo. IN: Escola “sem” partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira / (Org.) FRIGOTTO, Gaudêncio. Rio de Janeiro: UERJ, LPP, 2017.
ESPINOSA, Betty R S. e QUEIROZ, Felipe B. C. Breve análise sobre as redes do Escola sem Partido. In: FRIGOTTO, Gaudêncio (Org.). Escola “sem” partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira. . Rio de Janeiro: UERJ, LPP, 2017.
FERNANDES, F. Revolução Burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
FRIGOTTO, G. A gênese das teses da Escola sem Partido: esfinge e ovo da serpente que ameaçam a sociedade e a educação. In: FRIGOTTO, G (Org.). Escola “sem” partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira. Rio de Janeiro: UERJ-LPP, 2017.
IASI, M. L. Ensaio sobre a consciência e emancipação. São Paulo: Expressão Popular, 2011.
MARENCO, A. As duas Caudas de Gauss: minorias, protesto e representação política. In: CATANNI, A. D. (Org.). Protestos: análises das ciências sociais. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2014.
MARX, K. ENGELS, F. Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo, 2007.
PENNA, F. O Escola sem Partido como chave de leitura do fenômeno educacional. In: FRIGOTTO, G (Org.). Escola “sem” partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira. Rio de Janeiro: UERJ-LPP, 2017.
SANTOS, J. V. T. dos. TEIXEIRA, A. N. Atores sociais jovens nos protestos de 2013. In: CATANNI, A. D. (Org.). Protestos: análises das ciências sociais. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2014.
SINGER, A. Os sentidos do Lulismo: reforma gradual e pacto conservador. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico consistem na licença Creative Commons Attribution 4.0 International License: são permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.