Programa Escola sem Partido: despolitização radical e redirecionamento ideológico na Educação Pública

Autores/as

  • Leonardo Dorneles Gonçalves Universidade Federal do Rio Grande - FURG
  • Ricardo Gonçalves Severo Universidade Federal do Rio Grande - FURG

DOI:

https://doi.org/10.36311/2236-5192.2019.v20n1.06.p77

Palabras clave:

Escola Sem Partido, Educação Pública, Ideologia

Resumen

Analisamos o programa Escola Sem Partido considerando suas características históricas, fundamentos e proposições. Explicitar os princípios ideológicos do programa, ao contrário do discurso de neutralidade proferido por seus principais representantes, e alertar para as consequências ao caráter público da educação brasileira constituem-se como objetivos deste texto. Considerando os trabalhos de Fernandes (1976), Iasi (2011), Marenco (2014), Singer (2012), entre outros, o trabalho foi produzido a partir de palestras e conferências de seus autores para estudantes e professores junto a escolas e universidades no Sul do Brasil. Entendemos que o programa Escola Sem Partido, a despeito da retórica em prol da neutralidade política e científica, guarda relações com orientações conservadoras, religiosas e de grupos sociais ligados a partidos que, no espectro político brasileiro, se situam à direita. Por isso, sua atuação tem posição ideológica clara e explícita no combate aos postulados que sustentam a democracia, o acesso ao amplo conhecimento científico, atingindo as possibilidades da formação humana de crianças e jovens nas escolas públicas brasileiras.

Recebido em: 12/11/2017.
Aprovado em: 13/06/2019.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Leonardo Dorneles Gonçalves, Universidade Federal do Rio Grande - FURG
    Doutor em Educação. (UFPEL). Docente do Instituto de Educação da Universidade Federal do Rio Grande - FURG
  • Ricardo Gonçalves Severo, Universidade Federal do Rio Grande - FURG
    Doutor em Sociologia. (PUCRS) Docente do Instituto de Ciencias Humanas e da Informação da Universidade Federal do Rio Grande - FURG

Referencias

BRASIL. Agenda Juventude Brasil: pesquisa nacional sobre perfil e opinião dos jovens brasileiros. Brasília: Secretaria Nacional da Juventude, 2013.
ARCARY, V. Um reformismo quase sem reformas: uma crítica marxista do governo Lula em defesa da revolução brasileira. São Paulo: Sundermann, 2015.
CÂMARA DOS DEPUTADOS. PL n. 867 de 2015. Disponível em http://www.camara.gov.br/sileg/integras/1317168.pdf Acesso 08/11/2017 às 16h51min.
CATANNI, A. D. O significado dos protestos urbanos segundo o mainstream econômico. IN: CATANNI, A. D. (Org.). Protestos: análises das ciências sociais. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2014.
CIAVATTA, M. Resistindo aos dogmas do autoritarismo. IN: Escola “sem” partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira / (Org.) FRIGOTTO, Gaudêncio. Rio de Janeiro: UERJ, LPP, 2017.
ESPINOSA, Betty R S. e QUEIROZ, Felipe B. C. Breve análise sobre as redes do Escola sem Partido. In: FRIGOTTO, Gaudêncio (Org.). Escola “sem” partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira. . Rio de Janeiro: UERJ, LPP, 2017.
FERNANDES, F. Revolução Burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
FRIGOTTO, G. A gênese das teses da Escola sem Partido: esfinge e ovo da serpente que ameaçam a sociedade e a educação. In: FRIGOTTO, G (Org.). Escola “sem” partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira. Rio de Janeiro: UERJ-LPP, 2017.
IASI, M. L. Ensaio sobre a consciência e emancipação. São Paulo: Expressão Popular, 2011.
MARENCO, A. As duas Caudas de Gauss: minorias, protesto e representação política. In: CATANNI, A. D. (Org.). Protestos: análises das ciências sociais. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2014.
MARX, K. ENGELS, F. Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo, 2007.
PENNA, F. O Escola sem Partido como chave de leitura do fenômeno educacional. In: FRIGOTTO, G (Org.). Escola “sem” partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira. Rio de Janeiro: UERJ-LPP, 2017.
SANTOS, J. V. T. dos. TEIXEIRA, A. N. Atores sociais jovens nos protestos de 2013. In: CATANNI, A. D. (Org.). Protestos: análises das ciências sociais. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2014.
SINGER, A. Os sentidos do Lulismo: reforma gradual e pacto conservador. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

Publicado

2019-06-28

Número

Sección

Artigos

Cómo citar

Gonçalves, L. D., & Severo, R. G. (2019). Programa Escola sem Partido: despolitização radical e redirecionamento ideológico na Educação Pública. Educação Em Revista, 20(01), 69-85. https://doi.org/10.36311/2236-5192.2019.v20n1.06.p77