O ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: ENTRE O PROCESSO FORMATIVO E A EXPLORAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO
DOI:
https://doi.org/10.36311/2236-5192.2018.v19n2.08.p109Palabras clave:
Trabalho, Educação, Estágio não obrigatório, Formação de ProfessoresResumen
O presente texto apresenta reflexões acerca da realidade de estudantes do curso de Licenciatura em Pedagogia, com o intuito de identificar se a realização de estágio não obrigatório se caracteriza como atividade formativa ou exploração da força de trabalho. O aporte teórico metodológico que dá sustentação às análises é o materialismo histórico e dialético, de forma a explicitar como os estudantes oriundos da classe trabalhadora estão sujeitos à exploração, sob a lógica capitalista, mesmo quando desempenham atividades consideradas não laborais. Os dados, coletados a partir de questionamentos a 239 estudantes-estagiários, nos anos de 2014 e 2015, revelam que: os estudantes se submetem à atividade em razão das necessidades materiais de subsistência e para sua manutenção no processo formativo, fatos que os expõe a um processo que se assemelha à exploração dos trabalhadores em geral; e, ainda, que as atividades desenvolvidas não são condizentes com a fase de seu processo formativo.
Recebido em: 09/01/2017.
Aprovado em: 01/10/2018.
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