OS Fatores Influenciadores do Compartilhamento do Conhecimento para Equipes de Desenvolvimento de Software
as recomendações da implantação de práticas da gestão do conhecimento
DOI:
https://doi.org/10.36311/1981-1640.2023.v17.e023025Palavras-chave:
GC; processos; estímulo; iniciativas; chatbot.Resumo
O compartilhamento do conhecimento é vital para o sucesso e desenvolvimento de organizações de diferentes naturezas e cujos processos se baseiam em fluxos de informações. Do mesmo modo, as organizações de desenvolvimento de software, que se encontram em meio à demanda constante de inovação tecnológica, bem como cheias de desafios no mercado em que atuam, necessitam gerir o compartilhamento de conhecimento para o uso dos processos da Gestão do Conhecimento (GC) no intuito de se alcançar a inovação e sustentabilidade no mercado. Desse modo, esta pesquisa tem por objetivo analisar os fatores influenciadores do compartilhamento do conhecimento em equipes de desenvolvimento de software. Para tanto, a metodologia empregada nesse estudo é alicerçada em uma abordagem qualitativa de natureza aplicada e de objetivo descritivo e exploratório, cujos procedimentos foram a pesquisa bibliográfica e de campo, valendo-se da técnica do questionário implementada em um chatbot. A análise dos dados foi efetuada por meio da tabulação destes em planilhas e da interpretação dos resultados com base na literatura. A partir disso, são sugeridas práticas da GC, como comunidades de prática, mentorias e peer assist, a fim de estimular o nível de compartilhamento do conhecimento nas equipes de desenvolvimento de software. Assim sendo, este estudo entende que os motivadores e inibidores influenciam o compartilhamento do conhecimento nas organizações cuja natureza de atuação é o desenvolvimento de software, uma vez que se encontram vinculados aos membros de suas equipes. Portanto, as práticas sugeridas contribuem diretamente para estimular tal compartilhamento e, portanto, apresenta uma iniciativa para a implantação dessas práticas no sentido de estimular o compartilhamento do conhecimento em equipes de desenvolvimento de softwares.
Downloads
Métricas
Referências
Alves, Alessandra, and Barbosa, Ricardo R. “Influências e barreiras ao compartilhamento da informação: uma perspectiva teórica”. Ciência da Informação, vol. 39, 2010, pp. 115-128.
Anantatmula,V. S. “Leadership role in making effective use of KM”. Vine, vol. 38, no. 4, 2008, pp. 445-460.
Barboza, E. L., and Fadel, B. Fluxos de informação na gestão do conhecimento: por uma cultura de compartilhamento. Anais do 18º Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação: ENANCIB, 2017
Bartol, K. M., and Srivastava, A. “Ecouraging knowledge sharing: the role of organizational reward systems”. Journal of Leadership & Organisation Studies, vol. 9, n. 1, 2002, pp. 64-76.
Batista, F. F. Modelo de gestão do conhecimento para a administração pública brasileira: como implementar a gestão do conhecimento para produzir resultados em benefício do cidadão. Ipea, 2012. https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/livro_modelodegestao_vol01.pdf. Acessado 15 mar. 2021.
Becker, S. A. S., et al. “Criação do conhecimento em Hackerspaces: As práticas voltadas para gerar inovação em organizações”. Brazilian Journal of Information Science: Research Trends, vol. 15, mar. 2021, p. e02100.
Bures, V. “Cultural barriers in knowledge sharing. E+M Economics and management”, Liberec, vol. 6, 2003, pp. 57-62.
Cabrera, E. F., and Cabrera, A. “Fostering knowledge sharing through people management practices”. The international journal of human resource management, vol. 16, no. 5, 2005, pp. 720-735.
Choo, C. W. A organização do conhecimento: como as associações usam a informação para criar significado, construir o conhecimento e tomar decisões. SENAC, 2006
Curbete, M. H. Mentoring como prática de compartilhamento de conhecimento em uma empresa de desenvolvimento de software, 2018. UniCesumar, Dissertação de Mestrado.
Dalkir, K. Knowledge Management in Theory and Practice. Burlington: Elsevier, 2011.
Davenport, T. H., and Prusak, L. Conhecimento empresarial. Editora Campus, 1998.
Davenport, T. H., et al. What's the big idea? Creating and capitalizing on the best management thinking. Harvard Business Press, 2003.
Daza, R. P. “Gestão do conhecimento versus gestão das habilidades criativas nas organizações”. RAUSP Management Journal, vol. 38, no. 1, 2003, pp. 84-92.
Di Chiara, I. G. D., et al. “Tipos de compartilhamento de informação e do conhecimento no ambiente de P&D”. Informação & Sociedade: Estudos, vol. 20, no. 2, 2010, pp. 105-118.
Dorow, P. F. Compreensão do compartilhamento do conhecimento em atividades intensivas em conhecimento em organizações de diagnóstico por imagem, 2017. Universidade Federal de Santa Catarina, Tese de Doutorado.
Evans, C. et al. “Balancing the Yin and Yang: the role of universities in developing softer skills in accountancy”. Industry and Higher Education, vol. 26, no. 1, 2012, pp. 63-70.
Fenton, N., and Bieman, J. Software metrics: a rigorous and practical approach. CRC Press, 2014.
Firestone, J. M, and McElroy, M. W. Key Issues in the New Knowledge Management. Butterworth-Heinemann, 2003.
Fuzi, A. Space for creative and entrepreneurial activities? Coworking spaces in the entrepreneurial landscape of an economically challenged region, 2016. Cardiff Metropolitan University, Doctoral dissertation.
Ghobadi, S., and Mathiassen, L. “Perceived barriers to effective knowledge sharing in agile software teams”, Information systems journal, vol. 26, no. 2, 2016, pp. 95-125.
Heckman, J. J., and Kautz, T. “Hard evidence on soft skills”. Labour economics, vol. 19, no. 4, 2012, pp. 451-464.
Hong, D., et al. “Developing strategies for overcoming barriers to knowledge sharing based on conversational knowledge management: A case study of a financial company”, Expert systems with Applications, vol. 38, no. 12, 2011, pp. 14417-14427.
Hsu, M. H., and Chang, C. M. “Examining interpersonal trust as a facilitator and uncertainty as an inhibitor of intra‐organisational knowledge sharing”, Information Systems Journal, vol. 24, no. 2, 2014, pp. 119-142.
Ipe, M. “Knowledge sharing in organizations: A conceptual framework”. Human resource development review, vol. 2, no. 4, 2003, pp. 337-359.
Kramer, R. M. “Trust and distrust in organizations: Emerging perspectives, enduring questions”. Annual review of psychology, vol. 50, no. 1, 1999, pp. 569-598.
Kram, K. E. Mentoring at work: Developmental relationships in organizational life. University Press of America, 1988.
Lara, M. L. G. D., and Conti, V. L. “Disseminação da informação e usuários”. São Paulo em perspectiva, vol. 17, 2003, pp. 26-34.
Leask, M., et al. Knowledge management tools and techniques: helping you access the right knowledge at the right time. Improvement and development agency for local government, 2008.
Likert, R. A technique for the measurement of attitudes. Archives of psychology, 1932.
Lin, H. F. “Effects of extrinsic and intrinsic motivation on employee knowledge sharing intentions”, Journal of information science, vol. 33, no. 2, 2007, pp.135-149.
Liu, Y., and Phillips, J. S. “Examining the antecedents of knowledge sharing in facilitating team innovativeness from a multilevel perspective”. International Journal of Information Management, vol. 31, no. 1, 2011, pp.44-52.
Lucas, L. M. “The role of teams, culture, and capacity in the transfer of organizational practices”. The Learning Organization, vol. 17, no. 5, 2010, pp. 419-436.
Nonaka, I. “A dynamic theory of organizational knowledge creation”. Organization science, vol. 5, no. 1, 1994, pp. 14-37.
Nonaka, I., and Takeuchi, H. Criação de Conhecimento na Empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Campus, 1997.
Nonaka, I., and Takeuchi, H. Gestão do conhecimento. Bookman, 2008.
Oliveira Junior, M. D. M. O., et al. “Compartilhando conhecimento em negócios internacionais: um estudo de caso na indústria de propaganda”. Gestão estratégica do conhecimento- integrando aprendizagem, conhecimento e competências. Editado por, M. T. Fleury, and M. M. Oliveira Junior. Atlas, 2001, pp. 294-312.
Ordaz, C. C., et al. “Facilitadores de los procesos de compartir conocimiento y su influencia sobre la innovación”, Cuadernos de Economía y Dirección de la Empresa, vol. 13, no. 42, 2010, pp. 113-150.
Pinto, D., et al. “O uso de ferramentas tecnológicas nos processos de gestão do conhecimento”. Anais do 6º Congresso Brasileiro de Engenharia de Produção (CONBREBRO): UTFPR-PG, 2016.
Riege, A. “Three‐dozen knowledge‐sharing barriers managers must consider”. Journal of knowledge management, vol. 9, no. 3, 2005, pp. 18-35.
Robbins, S. P. Comportamento organizacional. Pearson Prentice Hall, 2004.
Rumizen, M. C. The complete idiot's guide to knowledge management. Penguin, 2002.
Santos, A, et al. Gestão do conhecimento: uma experiência para o sucesso empresarial. Curitiba: Champagnat, 2012.
Senge, P. M. A quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende. 21. ed. São Paulo: Editora Best Seller, 2006.
Sobral, F., and Peci, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. Pearson Prentice Hall, 2008.
Sordi, V. F. et al. “Fatores determinantes e possíveis barreiras ao compartilhamento de conhecimento nas organizações”. Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios, vol. 10, no. 2, 2017, pp. 225-246.
Steil, A. V. Estado da arte das definições de gestão do conhecimento e seus subsistemas. Instituto Stela, 2007.
Sugahara, C. R., and Vergueiro, W. D. C. S. “Redes sociais: um olhar sobre a dinâmica da informação na rede (APL) Arranjo Produtivo Local Têxtil, de Americana”. Revista Interamericana de Bibliotecología, vol. 34, no. 2, 2011, pp. 177-186.
Tangaraja, G. “Knowledge sharing is knowledge transfer: a misconception in the literature”. Journal of Knowledge Management, v. 20, n. 4, 2016, pp. 653-670.
Teixeira, A. C., et al. “A Gestão do Conhecimento no Setor de Seguros: O Ciclo de Wiig Aplicado ao Processo Comercial de uma Corretora de Seguros”. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, vol. 11, no. 1, 2021, pp. 24-44.
Tenório, N., and Bjørn, P. “How a geographically distributed software team managed to negotiate successfully using chat technology”. Revista Tecnologia e Sociedade, vol. 15, no. 37, 2019, pp. 183-206.
Tenório, N., et al. “Learning Channels and the Tools and Practices of Knowledge Management in Vocational Training”. Revista Alcance Eletrônica, vol. 28, no. 3, 2021, pp. 315-323.
Tenório, N.. et al. “Knowledge management in the software industry: how Scrum activities support a knowledge management cycle”. NAVUS Revista de Gestão e Tecnologia, vol. 10, 2020, pp. 01-13.
Tenório, N., et al. “Tool based on knowledge management process: An interview protocol to gather functioal requirements from software industry experts”. MATTER: International Journal of Science and Technology, vol. 3, no. 1, 2017, pp. 45-54.
Tonet, H. C., and Paz, M. G. T. “Um modelo para o compartilhamento de conhecimento no trabalho”. Revista de Administração Contemporânea, vol. 10, no. 2, 2006, pp. 75-94.
Tsui, L., et al. A handbook on knowledge sharing: Strategies and recommendations for researchers, policy makers and service providers. Community University Partnership, 2006.
Vasconcelos, K. C. A., et al. “Cultura, liderança e compartilhamento do conhecimento organizacional”. Revista de Administração FACES Journal, vol. 12, no. 1, 2013, pp. 13-31.
Wada, S. “Os benefícios da gestão do conhecimento para as organizações”. Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento, 29 fev. 2012. http://www.sbgc.org.br/blog/os-beneficios-da-gestao-do-conhecimento-para-as-organizacoes. Acessado 15 abr 20221.
Witherspoon, C. L., et al. “Antecedents of organizational knowledge sharing: a meta‐analysis and critique”. Journal of Knowledge Management, vol. 17, no. 2, 2013, pp. 250-277.
Wilbert, J. W., et al. “Compartilhamento do Conhecimento em uma Empresa Pública Brasileira: os Correios”. Anais do 12º Congresso Brasileiro de Gestão Do Conhecimento: KM Brasil, 2014.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Nelson Tenório, Fabrício Bernardelli, Arthur Gualberto Bacelar da Cruz Urpia, Maria Ligia Ganacim Granado Rodrigues Elias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Ao submeter um artigo os autores mantêm os direitos autorais do mesmo, cedendo ao Brazilian Journal of Information Science plenos direitos para publicação do referido texto.
O (s) autor (es) concorda(m) que o artigo, se aceito editorialmente para publicação, deve ser licenciado sob a licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International (CC BY-SA 4.0) (http://creativecommons.org/licenses/by-sa /4.0) Os leitores / usuários são livres para: - Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato - Adaptar - remixar, transformar e desenvolver o material para qualquer finalidade, mesmo comercialmente. O licenciante não pode revogar essas liberdades desde que você siga os termos da licença. Sob os seguintes termos: - Atribuição - Você deve dar o crédito apropriado, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de maneira que sugira que o licenciante endossa você ou seu uso. - ShareAlike - Se você remixar, transformar ou desenvolver o material, deverá distribuir suas contribuições sob a mesma licença que o original. Sem restrições adicionais - Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outras pessoas a fazer o que a licença permitir. Avisos: - Você não precisa cumprir a licença para elementos do material em domínio público ou nos casos em que seu uso é permitido por uma exceção ou limitação aplicável. - Não há garantias. A licença pode não fornecer todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a maneira como você usa o material.
Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License
