O modelo de Guerra de 4ª Geração e Guerra Híbrida na Ucrânia do começo do século XXI
DOI:
https://doi.org/10.36311/2237-7743.2022.v11n3.p451-467Palabras clave:
Combate assimétrico; Guerra não linear; Ucrânia.Resumen
Ao esquadrinhar a trajetória da “evolução” das formas hegemônicas de se fazer guerra, constata-se que, na contemporaneidade, há um deslocamento aberrante em relação ao progresso proporcional no que se refere ao modelo anterior. O repertório tecnológico bélico disponível somado às agendas política e econômica realizam níveis de alcance e proporções desastrosas nunca antes observados. Neste caminhar, o presente artigo tem por objetivo esclarecer de maneira expressa a associação entre os termos “guerra de 4ª geração” e “guerra híbrida”, com vistas a cotejar a disposição dos movimentos que animaram as turbulências do ambiente político-social ucraniano nos ocorridos da Revolução Laranja, do Euromaidan e da anexação da Crimeia pela Rússia, compreendidos a partir desses dois modelos. Os procedimentos de pesquisa adotados consistem em revisão bibliográfica de obras concernentes à temática, artigos publicados, periódicos científicos e produções acadêmicas registradas. No desenlace da investigação, foi possível identificar o papel central desempenhado por governos de outros países e organismos internacionais conduzido, sobretudo, a partir de veículos de mídia social no impulsionar do processo revolucionário, que, todavia, apesar de impor modificações significativas no território, permaneceu resignado às raias de dominação delineadas pelos atores hegemônicos atacantes.