PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA E SOBRECARGA PERCEBIDA POR MÃES DE JOVENS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
DOI:
https://doi.org/10.36311/2674-8681.2024.v25n2.p175-188Palavras-chave:
Transtorno do espectro autista, Sobrecarga, Maternidade atípica, Atividade motora adaptadaResumo
A maternidade atípica pode acarretar grande sobrecarga às mulheres, que muitas vezes acabam preterindo o autocuidado por conta da atenção demandada ao filho. Esse estudo teve como objetivo verificar o nível de prática de atividade física e a sobrecarga percebida por mães de jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Foram entrevistadas 20 mães com filhos diagnosticados com TEA, que responderam questionários com informações sociodemográficas, de atividade física habitual (Baecke) e de sobrecarga percebida (Burden Interview). Os resultados mostraram maior prevalência de mulheres divorciadas, com renda inferior a dois salários-mínimos, sem convênio médico ou rede de apoio e cujos filhos possuíam diagnóstico de TEA suporte 3. A sobrecarga percebida pelas mulheres foi em geral elevada e mostrou correlação negativa com a prática de atividade física. Conclui-se que a atividade física pode ser um fator benéfico para a redução da sobrecarga percebida entre mulheres com filhos com TEA.
Recebido em: 25/06/2024
Reformulado em: 30/08/2024
Aceito em: 30/08/2024
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