MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E JOGOS PARALÍMPICOS NO RIO DE JANEIRO/BRASIL: AS REPORTAGENS DA ZERO HORA NO ANO DE 2016
DOI:
https://doi.org/10.36311/2674-8681.2020.v21n2.p205-224Palavras-chave:
Atividade Motora Adaptada, Esporte Paraolímpico, Pessoa com deficiência, Jornalismo EsportivoResumo
O objetivo desta investigação foi identificar a ocorrência e o conteúdo das reportagens da Zero Hora (ZH) antes, durante e após a edição dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. A pesquisa foi de caráter quantitativo e descritivo. Concluímos que o jornal procurou evidenciar os atletas sul-rio-grandenses que se destacaram nas competições. Houve um aumento crescente com relação à quantidade de reportagens à medida que se aproximava a data de realização do evento. Percebeu-se que, entre as 22 modalidades paraolímpicas que apresentaram maior evidência, estão o atletismo e a natação. Conforme o fim do evento se aproximou, o ZH passou a dirigir suas reportagens a atletas que alcançaram o maior número de medalhas para o Brasil. Seus efeitos, assim, vão para além da ação informativa, uma vez que geram identidades, fundamentam práticas e entidades e partilham, de modo dinâmico, uma (re)constituição discursiva de tais esportes no Brasil.
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