Adolescência e respeito: a docência que faz diferença

Autores

  • Andréa Bonetti Gallego Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
  • Maria Luiza Becker Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-1655.2008.v1n1.p116-133

Palavras-chave:

Respeito Mútuo, Cooperação, Adolescência, Desenvolvimento Moral, Relação Professor e Aluno

Resumo

Este artigo é um dos resultados de um estudo que pesquisou como um professor pode ocupar o lugar de adulto significativo/respeitado, facilitando ao aluno seu processo de desenvolvimento moral e o caminho para a autonomia e para cooperação, através das representações dos alunos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada através de estudos de casos múltiplos, tendo como referencial teórico a Epistemologia Genética. A pesquisa foi realizada em uma escola da rede estadual de Porto Alegre, elegendo como sujeitos os alunos adolescentes do terceiro ano do ensino médio e os professores indicados como mais significativos pelos alunos. Os adolescentes e os professores mais indicados foram entrevistados através do Método Clínico de Piaget. Os dados foram organizados em casos constituídos de um professor e os alunos que o escolheram, buscando determinar as características da relação que se estabelece entre os alunos e este professor que faz a diferença. Os resultados obtidos indicam que o professor que pode fazer a diferença para a constituição da moral da autonomia do adolescente é aquele que favorece que se estabeleçam relações de cooperação e respeito mútuo, sendo necessárias características de afeto e particularidade nestas relações. Evidenciou-se também a relevância da reflexão destes docentes sobre sua prática e sobre o desenvolvimento moral.

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Publicado

2011-04-29

Edição

Seção

Artigo