Juízo Moral Ecológico em Adolescentes de Porto Velho

Autores

  • Junior Cesar Minin
  • Vanessa Aparecida Alves de Lima Universidade Federal de Rondônia

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-1655.2014.v6n2.p133-157

Palavras-chave:

Psicologia Moral, Juízo Moral, Ecologia

Resumo

Apresentamos aqui os resultados obtidos com uma pesquisa que investigou o Juízo Moral Ecológico em adolescentes de Porto Velho (RO) a partir de uma amostra de cento e oito (108) adolescentes distribuídos nas faixas etárias de 15, 16 e 17 anos, igualmente entre os dois gêneros. Os participantes são adolescentes do Ensino Médio de seis escolas públicas da rede estadual do município de Porto Velho, Capital de Rondônia, localizadas nas regiões econômicas Centro, Sul e Leste, e responderam a 01 questionário e 02 Dilemas Morais com conteúdo ecológico. Os resultados apontam um juízo moral ecológico fundamentado na noção de responsabilidade objetiva para 89,33% dos adolescentes, segundo a qual a lei deve ser obedecida ‘per se’, e uma ética ecológica fundamentada no conservacionismo e não na sustentabilidade, como são caracterizadas as contemporâneas discussões éticas da ecologia. Destacamos o aspecto original do tema, pois ao empreender pesquisa nos bancos de dados científicos disponíveis usando termos em português, inglês e francês, não encontramos referências do mesmo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABRAMO, H. W; BRANCO, P. P. M. (Org.). Retratos da juventude brasileira: Análises de
uma pesquisa nacional. São Paulo: Prol Editora, 2005.
AGENDA 21. Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.
(1992: Rio de Janeiro). Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 1996.
BIAGGIO, A. M. B.; VARGAS, G. A. O.; MONTEIRO, J. K.; SOUZA, L. K.; TESCHE, S.
L. Promoção de atitudes ambientais favoráveis através dos debates de dilemas ecológicos. Estudos de Psicologia, v. 4, n. 2, p. 221-238, 1999.
BLASI, A. The development of Identity: Some implications for moral functioning. In
Noam, G. G., & Wren, E. (Org.). The moral self. Cambridge: The Mit Press, 1993. pp. 99 –
122.
BOM MEIHY, J. C. S. Manual de História Oral. 5. ed. São Paulo: Loyola, 2005.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de
1988. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
Volume 6 Número 2 – Ago-Dez/2014 155
www.marilia.unesp.br/scheme
ISSN: 1984-1655
BROWN, L. R. Ecopsychology and the environmental revolution: Na environmental
foreword. In ROSZAK, T.; GOMES, M. E.; KANNER, A. D (Org.). Ecopsychology. United
States of America: Sierra Books, 1995. pp. xiii-xvi.
CARBONE, R.; MENIN, M. S. S. Injustiça na escola: representações sociais de alunos do
ensino fundamental e médio. Relatório de Pesquisa de Iniciação Científica - FAPESP. Faculdade de Ciências e Tecnologia UNESP – Presidente Prudente, 2003.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 2006.
D’AUREA-TARDELI, D. Adolescência, personalidade e projeto de vida solidário. In LA
TAILLE, Y.; MENIN, M. S. S. (Org.) Crise de Valores ou Valores em Crise? Porto Alegre:
Artmed, 2009. pp. 70-89.
ECKNSBERGER, L. H. Juízos morais no contexto de orientações de valores econômicos
e ecológicos: o caso de uma usina de força abastecida a carvão. In: Tassara, E. (Org.)
Panoramas interdisciplinares para uma psicologia ambiental do urbano. São Paulo: EDUC/FAPESP, 2001. pp. 141 – 186.
FREITAS, L. A moral na obra de Jean Piaget: um projeto inacabado. São Paulo: Cortez, 2003.
GILLIGAN, C. Uma voz diferente. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1982.
HUTCHISON, D. Educação Ecológica: Ideias sobre a consciência ambiental. Porto Alegre:
Artes Médicas Sul, 2000.
KOHLBERG, L. (1951) Psicologia del desarrollo mental (Vol. 2). Bilbao: De Desclée, 1992.
LA TALLE, Y. Moral e Ética: Dimensões intelectuais e afetivas. Porto Alegre: Artmed,
2006.
_______. As virtudes segundo os jovens. In: LA TALLE, Y.; MENIN, M. S. S. (Org.). Crise
de Valores ou Valores em Crise? Porto Alegre: ArtMed, 2009. pp. 46 – 69.
_______. HARKOT-DE-LA-TAILLE, E. Valores dos jovens de São Paulo. In LA TAILLE,
Y. (Org.). Moral e Ética: Dimensões intelectuais e afetivas. Porto Alegre: Artmed, 2006.
pp. 151 – 189.
_______. Moralidade e violência: a questão da legitimação de atos violentos. Projeto de
Pesquisa apresentado à FAPESP, 2003. 31 p.
LIMA, V. A. A. A formação da personalidade moral ecológica. In SOUSA, A. M. L. (Org.)
Psicologia, saúde e educação: desafios na realidade amazônica. Porto Velho: EDUFRO,
2009. pp. 199 – 225.
LIMA, V. A. A. Ecologia e juízo moral: vozes de líderes ambientais em Rondônia. Psicologia Ciência e Profissão, v. 30, n. 3, p. 464 – 477, 2010.
Volume 6 Número 2 – Ago-Dez/2014 156
www.marilia.unesp.br/scheme
ISSN: 1984-1655
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: Uma perspectiva pós-estruturalista. 11. ed.
Petrópolis: Vozes, 2010.
MARTINS, J.; BICUDO, M. A. V. A pesquisa qualitativa em Psicologia. 5. ed. São Paulo:
Centauro, 2005.
MENIN, M. S. S. Injustiças de todo dia: representações na escola. In Silva, D. J.; LIBÓRIO,
R. M. C. (Org.). Valores, preconceito e práticas educativas. São Paulo: Casa do Psicólogo,
2005. pp. 161-203.
MENIN, M. S. S.; SHIMIZU, A. M.; Cordeiro, A. P.; SPADA, A. C.; OLIVEIRA, C. A.;
SSOUZA, E. F. D. et al. Injustiças na escola: concepções de alunos da 4ª série do ensino
fundamental e 1ª série do ensino médio. Relatório de Pesquisa. Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNESP, 2003.
MENIN, M. S. S. Representações sociais de lei, crime e injustiça em adolescentes. Tese (LivreDocência), Faculdade de Ciências e Tecnologia, UNESP, Presidente Prudente. 2000.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Desenvolvimento sustentável: responsabilidade e
compromisso de todos. Site governamental de informações sobre a COP15 (15ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima), 2009. Disponível em
http://www.cop15.gov.br/pt-BR/index225c.html?page=noticias/acordo-de-copenhague. Acesso em 05.dez.2014.
MORET, A. De S.; FERREIRA, I. A. UHE’S do Madeira: O Planejamento para Atendimento da Demanda Elétrica, Celeridade nos Estudos e as Conseqüências Sócio-Ambientais. Anais do XII Congresso Brasileiro de Energia, Desafios do Setor Energético Brasileiro. Rio
de Janeiro, 2008.
PÁDUA, J. A. Um sopro de destruição: Pensamento político e crítica ambiental no Brasil
escravista (1786-1888). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos. Apresentação dos temas
transversais. Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1997.
PIAGET, J. (1932). O juízo moral na criança. São Paulo: Summus, 1994.
PIAGET, J.; INHELDER, B. Psicologia da Criança. 10. ed. São Paulo: Bertrand Brasil,
1989.
Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. UHE Jirau e UHE Santo Antônio, 2005. Disponível em http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias/Output_Noticias.cfm?Identidade=1660&id_area. Recuperado em 25 de outubro, 2009.
RONDÔNIA. Legislação Ambiental do Estado de Rondônia: Lei Complementar nº 233, de 06 de
Junho de 2000. 2. ed. Porto Velho (RO): Insight Comunicação. Coletânea organizada por
Ivo Benitez, 2000.
Volume 6 Número 2 – Ago-Dez/2014 157
www.marilia.unesp.br/scheme
ISSN: 1984-1655
RONDÔNIA. Zoneamento Socioeconômico-Ecológico do Estado de Rondônia. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional. Disponível em http://www.sedam.ro.gov.br/index.php/acervo-tecnico-zoneamento.html. Recuperado em 16 de Julho, 2011.
SANTOS, G. M. Pesca e Ictiofauna no Rio Madeira. In: SWITKES, G.; BONILHA, P.
(Org.). Águas Turvas: Alerta sobre as consequências de barrar o maior afluente do
amazonas. São Paulo: International Rivers, 2008. pp. 94 – 120.
SWITKES, G. A Pedra Fundamental da IIRSA. In: Águas Turvas: Alertas sobre as consequências de barrar o maior afluente do Amazonas. SWITKES, G.; BONILHA, P. (Org.).
São Paulo: International Rivers, 2008b. pp. 16 – 50
SWITKES, G. Resumo executivo. In Águas Turvas: Alertas sobre as conseqüências de barrar o maior afluente do Amazonas. SWITKES, G.; BONILHA, P. (Org.) São Paulo: International Rivers, 2008a. pp. 10 – 16.
TURATO, E. R. Métodos qualitativos e quantitativos na área da saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 3, p. 507-514,
2005. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0034-89102005000300025&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt&userID=-2>. Acesso
em 05.dez.2014.

Downloads

Publicado

2015-01-28

Edição

Seção

Artigo