A relativa (e Pseudo-Centralizadora) revisão liberal presente no Manifesto de 1932
DOI:
https://doi.org/10.36311/1519-0110.2019.v20n2.07.p121Palavras-chave:
revolução burguesa, liberalismo oligarquico, Fernando de AzevedoResumo
O Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova de 1932 simbolizou um marco nas discussões sobre as políticas educacionais que refletiram nas diretrizes filosóficas e ao papel que o Estado assumiria para a consubstanciação dessas políticas, o que produziu um importante arcabouço histórico para o pensamento social e educacional brasileiros. Os Pioneiros da Educação Nova se posicionavam perante as gerações de intelectuais pretéritas como um grupo dotado de capacidade inédita para realização de uma reforma social, por meio da educação, reclamada pelas bases produtivas no primeiro quarto do século XX, mas que eram obstadas, segundo eles, devido a inépcia das reformas parciais e principalmente pelo particularismo das oligarquias regionais. Nesse sentido, o documento redigido por Fernando de Azevedo trouxe de maneira indireta uma crítica ao liberalismo clássico adotado pelo federalismo do Estado brasileiro no período pós-monárquico, que objetivava trilhar novos caminhos para a atuação mais congruente do Estado (músculo central) com a realização dos postulados defendidos para o complexo educacional apresentados no documento. Ademais, mesmo atuando por meio de uma crítica àqueles particularismos o documento em questão não representou em sua finalidade subjetiva e objetiva um projeto alternativo para a sociabilidade brasileira e sim a realocação formal em novas bases universais a peculiaridade de nossa Revolução Burguesa, conservando a doutrina liberal de maneira particularizada.
Submetido em: 17/11/2019
Aceito em: 10/12/2019