SEXUALIDADE, EDUCAÇÃO ESCOLAR E DIVERSIDADE
DOI:
https://doi.org/10.36311/1519-0110.2016.v17n1.10.p145Palavras-chave:
educação, sexualidade, homoafetividade, ética, diversidadeResumo
A presente pesquisa objetiva compreender sexualidade e homoafetividades em escolas de Blumenau e região. Aplicou-se um questionário a 105 professores e 987 estudantes. Os dados são analisados com base na arqueologia e na genealogia de Foucault. Veriicouse que a homossexualidade é vista apenas como uma prática, por relação genital. Não se aludem gêneros além de masculino e feminino. A maioria dos professores mostra preconceito com a homossexualidade, enquanto 70% dos estudantes a aceita. Professores e estudantes ignoram o sentido de homoafetividade e mostram visão estereotipada de homossexualidade. Sobre alteridade, a escola não discute sexualidade e rejeita homossexuais, embora os estudantes aceitam o tema, diminuindo a intolerância e a hostilidade aos diferentes na sexualidade. Mas falta curiosidade, tipo já sei tudo, atitude que revela pouca expectativa sobre a escola, na superação dos estereótipos aos quais ela tem aderido, reproduzindo-os na atitude dos professores, no material didático pautado na heterossexualidade, na moralização das condutas que ela impõe. O alto índice de preconceito entre os professores mostra que o esclarecimento sobre a homossexualidade deve ser buscado fora da escola, pois esta se mostra ineiciente com temas relevantes da educação atual, como a diversidade, a alteridade e a sexualidade.