Hegel, Espinosa e o marxismo: para além de dicotomias
DOI:
https://doi.org/10.36311/0102-5864.2020.v57n1.05.p29Palavras-chave:
Hegel; Espinosa; marxismo;Resumo
O artigo analisa alguns aspectos do pensamento de Hegel e de Espinosa, no que diz respeito à contribuição destes pensadores para o marxismo. Tal análise se insere nas tentativas ocorridas, de alguns anos para cá, de superar aquelas abordagens dicotômicas que apresentavam como excludentes as contribuições destes dois pensadores para a teoria marxista. Em Espinosa, foram enfatizados: seu distanciamento frente às doutrinas criacionistas de sua época; sua crítica à suposição de que existe uma teleologia na natureza; sua defesa da democracia como regime político. Em Hegel, abordamos a importância das contradições no processo histórico; as determinações de reflexão (pares categoriais que só existem em referência recíproca); a descontinuidade trazida pelo trabalho humano na causalidade natural. O artigo se encerra discutindo dentro de que limites pode-se sustentar as categorias da negação e da negatividade numa abordagem contemporânea.
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