Os sindicatos e a ditadura
DOI:
https://doi.org/10.36311/0102-5864.2019.v56n1.04.p9Palavras-chave:
Revolução Húngara; marxismo.Resumo
A luta de classe internacional culminou até agora na vitória de operários e camponeses de dois proletariados nacionais. Na Rússia e na Hungria os operários e camponeses instauraram a ditadura proletária e tanto na Rússia como na Hungria a ditadura teve que sustentar uma áspera batalha, não só contra a classe burguesa, mas também contra os sindicatos: o conflito entre a ditadura e os sindicatos foi mesmo uma das causas da queda do Soviet húngaro, pois que os sindicatos, mesmo que nunca tenham tentado abertamente derrubar a ditadura, operaram sempre como organismos “derrotistas” da revolução e incessantemente semearam o desconforto e a covardia entre os operários e os soldados vermelhos. Um exame, mesmo que rápido, sobre as razões e as condições desse conflito, pode ser útil á educação revolucionária das massas, as quais devem se convencer que o sindicato talvez seja o organismo mais importante da revolução comunista, pois a tarefa da socialização da indústria recai sobre ele e porque deve criar as condições para que a empresa privada desapareça e não possa mais surgir, devendo também convencer-se da necessidade de criar, antes da revolução, as condições psicológicas e objetivas que tornem impossíveis qualquer conflito e qualquer dualismo de poder entre os vários organismos que encarnam a luta da classe proletária contra o capitalismo.