MATERIALISMO DIALÉTICO E FINITUDE ONTOLÓGICA EM SLAVOJ ŽIŽEK: DA PARALAXE KANTIANA À PARALAXE HEGELIANA

Autores

  • Fernando Facó de Assis Fonseca Doutor em Filosofia da Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professor temporário de filosofia da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2019.v11.n28.06.p76

Palavras-chave:

Materialismo dialético, Paralaxe, Finitude

Resumo

O presente texto desenvolve o conceito de materialismo dialético no pensamento de Slavoj Žižek radicalizando o aspecto da finitude humana em finitude ontológica. Para Žižek, isso corresponde à passagem de Kant a Hegel. Se, para Kant, a finitude está restrita à finitude humana mediada pelos limites transcendentais da razão pura, em Hegel essa finitude é transferida para a esfera ontológica. Nesse sentido, é preciso conceber as antinomias kantianas não como uma condição da própria subjetividade finita – no momento em que esta lida com o caráter dialético da razão – mas como uma limitação da própria realidade em si. Por essa razão, Žižek tende a se afastar da leitura idealista de Hegel para trazer à tona seu lado materialista – oculto ao olhar de uma certa tradição. Assim, o propósito da filosofia hegeliana, de acordo com Žižek, não consiste em superar Kant, mas apenas radicalizá-lo por meio de uma torção dialética puramente formal.

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Publicado

2019-08-03

Edição

Seção

Artigos