EXISTE UMA LÓGICA DELEUZIANA?
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2018.v10.n25.10.p149Palavras-chave:
Deleuze, Princípio da diferença, Princípio do terceiro incluído, Disjunção inclusivaResumo
O presente artigo pretende desenvolver a ideia de uma lógica na filosofia de Gilles Deleuze, a partir da subversão e perversão dos princípios da lógica tradicional, sobretudo, aqueles da lógica aristotélica. O princípio de identidade dá lugar ao princípio da diferença, que tem por consequência a crítica do fundamento; o “princípio do terceiro incluído” assume o posto do terceiro excluído, o que exige a exposição do conceito de vice-dicção; por fim, o princípio da não-contradição é substituído não pelo da contradição – o que o aproximaria da grande lógica hegeliana –, mas pela disjunção inclusiva. É a partir do paradoxo que a crítica do bom senso e do senso comum, as duas formas da doxa, instaura uma lógica das multiplicidades e uma topologia nômade.
Downloads
Referências
ARISTÓTELES. Metafísica. Tradução de Giovanni Reale. São Paulo: Loyola, 2002.
BADIOU, A. Da vida como nome do ser. Tradução de Paulo Nunes. In: ALLIEZ, Eric (org.). Deleuze, uma vida filosófica. São Paulo: Ed. 34, 2000, p. 159-167.
CARDOSO JR., H. R. Teoria das multiplicidades no pensamento de Gilles Deleuze. 1996. 351 fls. Tese (Doutorado em Filosofia) – Unicamp, Campinas, SP. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/280552. Acesso em: 24 abr. 2018.
CHEDIAK, K. A. Introdução à filosofia de Deleuze. Londrina: Eduel, 1999.
DASTUR, F. Heidegger, la question du logos. Paris: J. Vrin, 2007.
DELEUZE, G. Différence et Répétition. Paris: PUF, 1968a.
______. Logique du sens. Paris : Éditions de Minuit, 1969.
______. Nietzsche et la philosophie. Paris : PUF, 1962.
______. Pourparlers. Paris : Éditions de Minuit, 1990.
______. Spinoza et la philosophie de l’expression. Paris : Éditions de Minuit,1968b.
______. Le vocabulaire de Deleuze. Paris : Ellipses, 2003.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mille plateaux. Paris : Éditions de Minuit, 1980.
______. L’anti-Oedipe. Paris : Éditions de Minuit, 1972.
DELEUZE, G.; PARNET, C. Dialogues. Paris : Flammarion, 1996.
FITZGERALD, F. S. Crack-up. Tradução de Rosaura Eichenberg. Porto Alegre, RS: L&PM, 2007.
FOUCAULT, M. Theatrum Philosophicum. In: Dits et écrits, vol. II (1970-1975). Paris : Gallimard, 1994, p. 75-99.
HEGEL, G.W.F. Enciclopédia das ciências filosóficas, vol. I: A ciência da Lógica. Tradução de Paulo Meneses. São Paulo: Edições Loyola, 2012.
LAPOUJADE, D. Deleuze, os movimentos aberrantes. Tradução de Laymert Garcia dos Santos. São Paulo: n-1 edições, 2015.
MACHADO, R. Nietzsche e a verdade. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
MONTEBELLO, P. Deleuze, la passion de la pensée. Paris : J. Vrin, 2017.
RANCIÈRE, J. Existe uma estética Deleuzeana? In: ALLIEZ, Éric (org.). Gilles Deleuze: uma vida filosófica. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2000, p. 505-516 .
RUSSELL, B. Os problemas da Filosofia. Tradução de Jaimir Conte. Florianópolis: Martins Fontes, 2005.
SERRES, M. O mal limpo: poluir para se apropriar. Tradução de Jorge Bastos. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 2011.
SOUZA, A. R. Deleuze e o corpo: por uma crítica da consciência [recurso eletrônico]. Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2017.
ZOURABICHVILI, F. Deleuze, une philosophie de l’évenement. Paris : PUF, 1994.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
