A INTERPRETAÇÃO FENOMENOLÓGICA DE ARISTÓTELES SEGUNDO O JOVEM HEIDEGGER (1919-1923)

Autores

  • Flávia Neves Ferreira Mestranda em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2018.v10n22.11.p97

Palavras-chave:

Fenomenologia hermenêutica, Vida fática, Filosofia aristotélica

Resumo

Pretende-se identificar como se delineou a leitura fenomenológica de Heidegger sobre a filosofia de Aristóteles. A presente investigação gira em torno de responder: em que medida o projeto da fenomenologia hermenêutica de Heidegger se relaciona com a sua leitura de Aristóteles? A fim de alcançar o objetivo proposto, será realizado um percurso analítico descritivo: um corte sincrônico – correspondente às preleções dos anos 1919 a 1923 – do projeto filosófico de Heidegger. Busca-se, principalmente, articular o projeto filosófico a partir da sua leitura aristotélica com base no relatório enviado a Natorp, que data de 1922. Pode-se verificar que a partir da leitura originária e fenomenológica de Aristóteles, Heidegger fundamenta a sua fenomenologia hermenêutica da vida fática, na medida em que o filósofo alemão projeta na filosofia aristotélica o questionamento sobre o sentido do ser. Assim, Heidegger apresenta um conjunto temático em que se articulam os conceitos práticos de Aristóteles com o projeto de uma hermenêutica da factidade: a kínesis da vida fáctica, a phrónesis e sua relação com o cuidado, a urgência da prâxis frente ao teorético.

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Publicado

2018-07-28

Edição

Seção

Artigos