APROPRIAÇÃO, ARTICULAÇÃO E VOLIÇÕES DE SEGUNDA ORDEM: SOBRE UM SUJEITO DE VOLTA A SI MESMO
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2018.v10n22.04.p1Palavras-chave:
Alienação, Teoria Crítica, Apropriação, Articulação, Rahel Jaeggi, Charles Taylor, Harry FrankfurtResumo
A partir das reflexões sobre o fenômeno da alienação desenvolvidas pela filósofa Rahel Jaeggi em Entfremdung, este artigo põe em paralelo outros conceitos possíveis para que a noção de apropriação desenvolvida pela teórica crítica possa ser ampliada. Na obra em questão, Jaeggi traz a apropriação com a intenção de “livrar” a Teoria Crítica de um assentamento normativo robusto e essencialista, perdido, para ela, em um “dever ser” vazio. A apropriação se mostra, então, como o único critério normativo de sua teoria da alienação. Não se trata de uma interpretação nova, no entanto. Charles Taylor e Harry Frankfurt desenvolvem ideias paralelas à de apropriação, como é possível identificar no conceito de articulação, presente na teoria da agência humana de Taylor, e nas noções de volições de primeira e segunda ordem, encontradas na teoria da pessoa de Frankfurt. Neste percurso comparativo, surge uma questão fundamental: a alienação seria uma patologia social e a apropriação, uma terapia, ou seria mais adequado pensar a alienação como um sofrimento mais corriqueiro do que gostaríamos, porque constitutivo do processo de ser si mesmo, sendo a apropriação, nesse caso, uma forma continuamente processual de lidar consigo mesmo?Downloads
Referências
ADORNO, T. Minima Moralia. Lisboa: Edições 70, 2001.
BURIL, B. Como se forma a imagem que nos mantém presos: o déficit etiológico no diagnóstico das patologias sociais na teoria crítica contemporânea. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2016.
FRANKFURT, H. The importance of what we care about. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.
______. Necessity, volition and love. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.
HONNETH, A. As enfermidades da sociedade: aproximação a um conceito quase impossível. Civitas, v. 15, n. 4, p. 575-594, 2015.
______; BUTLER, J; GEUSS, R; LEAR, J.Reification: A New Look At An Old Idea.New York: Oxford University Press, 2008.
HEGEL, G. W. F. Elements of the Philosophy of Right. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
JAEGGI, R. Alienation. New York: Columbia University Press, 2014.
ROSA, H. Resonanz: eine Soziologie der Weltbeziehung. Berlin: Suhrkamp Verlag, 2016.
TAYLOR, C. What Is Human Agency?. In: TAYLOR, Charles. Human Agency and Language.Número 1. Cambridge: Cambridge University Press, 1985.
______. A ética da autenticidade. São Paulo: É Realizações, 2011.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.