O PEQUENO PRÍNCIPE E O PRÍNCIPE VOGELFREI: SAINT-EXUPÉRY E NIETZSCHE

Autores

  • André Diogo Santos da Silva Mestrando em Filosofia na Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Ernani Chaves Professor da Universidade Federal do Pará (UFPA)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2017.v9n21.04.p19

Palavras-chave:

Espírito Cativo, Espírito Livre, O Pequeno Príncipe, Príncipe Vogelfrei

Resumo

Propõe-se uma discussão filosófica sobre uma ideia central contida na obra O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry: o ato de cativar. Esta discussão será feita utilizando os conceitos nietzschianos de espírito cativo e espírito livre. Enquanto o príncipe de Saint-Exupéry permite uma exemplificação do espírito cativo, Nietzsche oferece outro tipo de príncipe que pode ser considerado um espírito livre: o Príncipe Vogelfrei. Desta forma, tem-se como objetivo analisar a obra O Pequeno Príncipe em viés filosófico nietzschiano, atendo-se, principalmente, à figura do “Príncipe Vogelfrei”, elaborada pelo filósofo alemão. Caracteriza-se o “Pequeno Príncipe” predominantemente como espírito cativo e, a seguir, desenvolve-se a ideia de espírito livre em Nietzsche através da metáfora de pássaro encontrada em obras do próprio filósofo, bem como em O pequeno príncipe. E, por fim, o Príncipe Vogelfrei será comparado ao Pequeno Príncipe, principalmente através das interpretações das figuras do pássaro e da raposa, que podem ser observados como desdobramentos dos conceitos de espírito livre e espírito cativo.

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Publicado

2018-03-15

Edição

Seção

Artigos