MOVIMENTO E DESEJO EM PASCAL E HOBBES
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2017.v9n20.17.p265Palavras-chave:
Desejo, Voluntarismo, Antropologia, Prazer, AngústiaResumo
O presente artigo discute acerca da questão do desejo em dois filósofos capitais do século XVII, Thomas Hobbes e Blaise Pascal. Tentaremos mostrar em que sentido cada um desses autores estabeleceu como pressuposto em suas teorias voluntaristas a superação dessa questão, tal como estava estruturada na filosofia antiga e medieval. Com efeito, ambos os filósofos refletem sobre o desejo a partir da ausência da noção de soberano bem, o que os leva a considerar o homem como tendo uma natureza estruturada apenas no movimento perpétuo e na insatisfação contínua. Por outro lado, ao ressaltar as diferenças entre os dois autores, perceberemos o delineamento de duas filosofias distintas, aquela defendida por Hobbes, que fundamenta o desejo a partir da noção de conatus, pautada na noção de prazer e aquela defendida por Pascal, nos fragmentos relacionados ao divertissement, que pensa o desejo a partir da idéia de desprazer.Downloads
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