FETICHISMO E UNIDIMENSIONALIDADE: O MARXISMO DE MARCUSE

Autores

  • Cristian Arão Silva de Jesus Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e é Professor substituto da Universidade Federal do Vale do São Francisco

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2015.v7n13.5453

Palavras-chave:

Marcuse, Marxismo, Fetichismo, Unidimensionalidade

Resumo

A análise dos mecanismos de controle do capitalismo é algo extremamente importante para a tradição marxista. Diversos autores preocuparam-se em entender como o capitalismo cria um modo de vida onde as pessoas introjetam certos valores que servem para a manutenção do sistema vigente. O próprio Marx, n’O capital, dissertou sobre o fenômeno do fetichismo. Tal fenômeno seria responsável por criar uma forma de existência onde as relações humanas estariam “enfeitiçadas” e as pessoas assumiriam pra si valores que perpetuariam o capitalismo. Herbert Marcuse também dedicou muito de sua obra para compreender essa introjeção de valores. Para ele, esse processo teria alcançado níveis extremos ao ponto dessa ideologia criada se apresentar como pensamento consensual e único, criando uma única dimensão. O presente artigo tem como objetivo analisar a influência da teoria do fetichismo para a construção do conceito de unidimensionalidade.

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Publicado

2015-10-08

Edição

Seção

Artigos