NOTAS CRÍTICAS SOBRE MARCUSE E ALTHUSSER

Autores

  • Eduardo Barbosa Parra Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus de Marília

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2014.v6n11.4561

Palavras-chave:

Marx, Freud, Revolução, Emancipação, Sujeitos

Resumo

A ligação entre teoria e prática sempre foi um princípio para a tradição marxista, para esta a teoria deve ser um guia para a práxis revolucionária, deve sempre estar à serviço da transformação social e da emancipação humana. Mas, a partir da década de 1920, a teoria marxista passa a sofrer uma metamorfose que consiste na ruptura desse elo fundamental entre teoria e prática, tornando-se uma teoria acadêmica e com diversos elementos de capitulação
teórica diante dos postulados da teoria burguesa. Nesse trabalho pretendemos fazer uma breve comparação entre as elaborações de Marcuse e Althusser nas temáticas: possibilidade de ruptura revolucionária e alcance do processo emancipatório que esta ruptura pode acarretar. Veremos que ambos os autores sustém um pessimismo em relação às possibilidades de ruptura e emancipação, cada qual à sua própria maneira. A causa particular que molda as diferentes posições de nossos autores liga-se com a particularidade com que cada um se relacionava para com o partido comunista e para com a teoria burguesa acadêmica. Em suma, veremos em Althusser uma defesa da possibilidade de uma revolução presente, mas com pessimismo em relação ao alcance transformador desse ato emancipatório; enquanto em Marcuse veremos a defesa acerca da possibilidade teórica da existência de um sujeito completamente livre dos entraves internos e externos que alienam sua existência, mas as elaborações marcuseanas não consideram possível a realização de um processo de ruptura em seu presente histórico, relegando-o para um futuro incerto.

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Referências

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Publicado

2014-06-29

Edição

Seção

Artigos