AUTONOMIA DE KANT E AUTENTICIDADE EM HEIDEGGER: DAS POSSIBILIDADES DA LINGUAGEM
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2013.v5n10.4535Palavras-chave:
Discurso. Logos. Autenticidade. Ser-com. Ser-para-a morte. Disposição.Resumo
Este texto se propõe a abordar a questão da linguagem no pensamento heideggeriano a partir de sua ontologia fundamental. A linguagem é aquilo que é dito pelo ser do ente, é o pôr (legein) enquanto “pro-por” e “ex-por”, deixar mostrar, possibilitado pelas palavras frente à impessoalidade do mundo comunicativo. O que é dito situa-se na relação da condição existencial do ser-aí, posto que o dito realiza-se no mundo fático do ser em detrimento do
mundo dogmático das certezas. A diferença ontológica entre ser e ente nos acena para a autenticidade de sermos enquanto “unidade” mas também para a finitude da própria condição de ser, seja a de “ser-com” o outro e do “ser-para-a morte”. Ou seja, a linguagem enquanto algo que é dito pela condição existencial do ser-aí proporciona pensarmos o logos como uma forma mais originária de nos aproximarmos da verdade enquanto encobrimento e desencobrimento.