O ANTINATURALISMO RELIGIOSO DE PASCAL

Autores

  • Rodrigo Hayasi Pinto Professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2013.v5n10.4532

Palavras-chave:

Natureza, Antropologia, Hábito, Moral

Resumo

O objetivo do presente trabalho é fazer uma discussão acerca da temática da natureza humana, presente na obra “Pensées” (Pensamentos) de Blaise Pascal. Quando se trata de analisar o homem, Pascal constata a ausência de determinados princípios morais e antropológicos, responsáveis pela fundamentação da esfera prática. Não havendo tais princípios, o homem passa a viver uma existência com valores fabricados pelo hábito e pela imaginação e pautada no divertimento. Em última instância, Pascal vai concluir, que a não existência de tais princípios aponta para a questão da ausência de um referencial maior, a própria natureza humana. Segundo o pensador francês, o princípio cristão do pecado original é capaz de explicar a falta desse referencial maior, mostrando que a primeira natureza do homem, existente antes da queda, foi irremediavelmente perdida. Desse modo, a postura de Pascal acerca do homem pode ser pensada como religiosa e antinaturalista. Assim, aquilo que nos guiará, como eixo condutor de nosso trabalho, é justamente a temática do antinaturalismo religioso de Pascal e suas consequências para o conhecimento antropológico.

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Publicado

2013-12-19

Edição

Seção

Artigos