TUGENDHAT E A FUNDAMENTAÇÃO ANTROPOLÓGICA DA SEMÂNTICA FORMAL
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2013.v5n09.4521Palavras-chave:
Semântica formal, Fenomenologia, Ontologia, Lógica, AntropologiaResumo
O artigo objetiva demonstrar que a Semântica formal, enquanto campo de articulação entre Lógica e Ontologia, exige sua fundamentação em uma Antropologia. Para isso, será necessário demonstrar que Tugendhat conduz a Semântica formal ao modo de fundamentação da Fenomenologia de Heidegger, por meio dos estados-de-ânimo. Para tanto, partiremos da distinção entre fundamento relativo e absoluto, introduzida nos primeiros capítulos das Lições Introdutórias à Filosofia Analítica da Linguagem, com a finalidade de demonstrar que a dimensão semântica da filosofia de Tugendhat somente pode fundamentar relativamente seu conceito de Filosofia. Pelo contrário, a dimensão fenomenológica, enquanto oferece uma motivação para a atividade de filosofar, pode fornecer também o ponto de apoio para uma fundamentação absoluta deste conceito. Com isto, entretanto, o que Tugendhat parece não ter percebido é que, por meio desse movimento, ele inverte a relação de implicação entre ambos os métodos, de tal modo a tornar o método fenomenológico fundamento do método analítico. Assim, sendo absoluta, devemos considerar a dimensão motivadora, no caso os estados-deânimo, fundamento da fenomenologia de Ser e Tempo, como originária frente à dimensão relativa oferecida pela Semântica formal. Será com base nesta relação, portanto, que tomaremos a circularidade entre o fundamento nos estados-de-ânimo e o fundamento nas regras semânticoformais para enunciados assertóricos com a finalidade de demonstrar que o campo de articulação entre Lógica e Ontologia exige sua fundamentação em uma Antropologia.
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Referências
TUGENDHAT, E. Einführung in die sprachanalytische Philosophie. Suhrkamp Verlag, Frankfurt an Main: 1976.
______. Lições Introdutórias à Filosofia analítica da linguagem. Editora Unijuí, Ijuí: 2006.
______. Philosophischen Aufsätze. Suhrkamp Verlag, Frankfurt an Main: 1992.
______. Selbstbewubtsein und Selbstestimmung: sprachanalytische Interpretationen. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1993.
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