RACIONALIDADE E ONTOLOGIA: PERSPECTIVAS ÉTICO-INCLUSIVAS NA FILOSOFIA DE MEAD, MERLEAU-PONTY E WALDENFELS

Autores

  • Márcio Junglos Doutorando pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e professor na Universidade do Contestado (UnC)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2013.v5n09.4504

Palavras-chave:

Inclusividade, Responsividade, Herbert Mead, Merleau-Ponty, Waldenfels

Resumo

Este artigo procurará analisar o desenvolvimento da sociedade a partir de um viés ético- inclusivo. O paradoxo inclusivo/exclusivo não pode ser resolvido ao nível de uma racionalidade discursiva. Muito menos através de uma concepção teleologia que transparece um ideal, do qual todas as diferenças se ajustam a uma democracia do tipo universalizada em Herbert Mead. Mas, tal paradoxo torna-se indispensável para que possamos compreender o estranhamento como possibilidade e abertura. Em Merleau-Ponty, há um entrelaçamento latente e necessário para que haja biodiversidade e criação. Desse modo, a própria racionalidade precisa de uma base ontológica que venha a ampliá-la na compreensão de profundos problemas intersubjetivos. Não pretendemos minimizar nossa capacidade de resolvermos nossos problemas através de um diálogo. Nosso propósito é mostrar quando esse se dirige para uma confiança cega na razão, propiciando um déficit ontológico fatal para uma exclusão justificada socialmente e assumida pela nossa personalidade. Waldenfels procurará o caráter aberto de nossas relações ético-discursivas, proporcionando uma inclusão esperada que contemple o outro não como ameaçador, mas em suas vivências e contribuições possíveis. Dessa forma, a responsividade traz uma contribuição importantíssima para o paradoxo inclusivo/exclusivo que é insolúvel ao nível racional, mas que se torna necessário para que o outro seja visto lá, onde a razão mostra sua invisibilidade.

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Referências

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Publicado

2013-06-28

Edição

Seção

Artigos