PRESENÇA, VIRTUALIDADE E EMOÇÃO: PERSPECTIVAS TEMPORAIS EM TORNO DO BERGSONISMO
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2011.v3n05.4388Palavras-chave:
Subjetividade, Duração, Percepção, Memória, Vontade, BergsonResumo
Este artigo examina a relação entre subjetividade e vontade à luz de alguns resultados parciais obtidos em nossa pesquisa sobre a filosofia de Henri Bergson, cujo carro-chefe é a noção de “duração”. Pensar a subjetividade a partir da duração significa admitir que a transição ininterrupta que vai do passado para o futuro passando pelo presente é a temporalidade atuando no nível mais simples de nossa relação com o mundo. Destacamos a subjetividade a partir da duração porque já na percepção estamos evocando o passado para iluminar o presente e, assim, podemos compreender o “problema” da subjetividade a partir de uma ação na qual se observa uma diferença de funções: a diferença entre o presente que atua e o passado que já não atua. É precisamente esse caráter temporal da ação que leva os comentadores de Bergson a interpretarem de maneira original a gênese da subjetividade, o papel da memória na percepção e a conceberem novos sentidos para o conceito de “vontade”. Por conseguinte, a estrutura argumentativa que adotamos neste texto deverá mover-se em três níveis de análise que correspondem, respectivamente, a três aspectos da subjetividade humana (percepção, memória e vontade). Desse modo, pretendemos ressaltar a temporalidade viva como marca registrada do bergsonismo.
Downloads
Referências
_______. Mélanges. Paris: PUF, 1972.
_______. Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. São Paulo: Martins Fontes, 2006a.
_______. O pensamento e o movente. São Paulo: Martins Fontes, 2006b.
DELEUZE, G. Bergsonismo. São Paulo: Ed. 34, 1999.
DESCARTES, R. Œuvres de Descartes. Paris: Vrin, 1996. V. IX.
FRANÇOIS, A. Bergson, Schopenhauer, Nietzche: volonté et réalité. Paris: PUF, 2008.
PINTO, D.; MARQUES, S. (Orgs.). Henri Bergson: crítica do negativo e pensamento em duração. São Paulo: Alameda, 2009.
PRADO JÚNIOR, B. Presença e campo transcendental: consciência e negatividade na filosofia de Bergson. São Paulo: Edusp, 1989.
WORMS, F. Introduction a «Matière e mémoir » de Bergson. Paris: PUF, 1997.
_______. Bergson ou les deux sens de la vie. Paris: PUF, 2004.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2014 Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.