A NOÇÃO DE PARTIDO NOS ENSAIOS DE MONTAIGNE

Autores

  • Gilmar Henrique da Conceição Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2010.v2n03.4349

Palavras-chave:

Filosofia política, Partidos, Subjetividade, Política

Resumo

Este artigo procura dar início a um trabalho que visa organizar e sintetizar as reflexões e as posições de Montaigne sobre as questões políticas: a natureza da autoridade política, das leis, dos partidos, do eu. Vale a pena esclarecer que suas idéias sobre a política não nos permitem referir a “conceitos” em razão dos diferentes significados com que os temas são tratados. Por isso, optamos pelo termo “noções”, cujos significados são mais lassos e nos permitem acompanhar Montaigne no registro de seu movimento paradoxal. Nos Ensaios, Montaigne utiliza em várias passagens as palavras “partido”, “facção” e “seita”. Importa salientar que, do ponto de vista da política, Montaigne questiona severamente o sectarismo, esteja onde estiver e venha de onde vier. A linguagem política do ensaísta é notoriamente dubitativa e vários termos utilizados têm significados diversos. Em Montaigne a impassibilidade política é praticamente impossível e se levada até suas extremas conseqüências do desapego ou da indiferença não é sequer virtude.

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Publicado

2010-04-25

Edição

Seção

Artigos