ALCANCES E LIMITES DAS TEORIAS BIOLOGIZANTES DA CONSCIÊNCIA: O PARADIGMA ECOLÓGICO COMO ALTERNATIVA PARA SE COMPREENDER OS EVENTOS MENTAIS

Autores

  • Orion Ferreira Lima Doutorando em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus de Botucatu

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2009.v1n02.4324

Palavras-chave:

Consciência, Neurociência, Subjetividade

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar os alcances e limites das Teorias Biologizantes da consciência. Atualmente esse tema vem assumindo proeminência nas pesquisas não só desenvolvidas pelas neurociências, mas, sobretudo pelos filósofos e demais pesquisadores das ciências humanas. Reconhecemos a imensa contribuição que as concepções biologizantes trouxeram ao estudo da consciência, sobretudo exorcizando o “espírito” cartesiano da agenda científica. Por outro lado, essa concepção não conseguiu explicar quais os mecanismos envolvidos no processo de constituição da subjetividade. Se o cérebro causa a consciência, então estamos diante de um problema epistemológico, cuja solução exige uma compreensão dos mecanismos biológicos envolvidos. Porém, o que ocorre é que, talvez, explicitar esses mecanismos não seja uma condição suficiente para desvendarmos a consciência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ATLAN, Henri. Entre o Cristal e a Fumaça: ensaio sobre a organização de ser vivo. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1992.

BERTALANFFY, V. Ludwig. Teoria Geral dos Sistemas. Tradução de Francisco M. Guimarães. Petrópolis: Vozes, 1973.

BLOCK, Ned; FLAGAN, Owen; GUZELDERE, Guven. The Nature of Consciouness: philosophical debates. A Bradford Book: Massachusetts, 1997.

BROENS, Mariana. A redescoberta do corpo na Filosofia da mente. 2006. 115 f. (tese de livre-docência). Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista, 2007.

______. O enigma da consciência. Scientific Amerícan, Edição Especial: segredos da mente n. 4, [2004].

CHURCHLAND, M. Matéria e consciência: uma introdução contemporânea à filosofia da mente. Tradução de
Maria Clara Cescato. São Paulo: Unesp, 2004.

______________. The Conscious Mind: in search of a fundamental theory. New York : Oxford University, 1996.

_______________. Philosophy of Mind: Classical and Contemporary Readings. New York: Oxford University, 2002.

CRICK, F; KOCK, C. Why Neuroscience May Be Able to Explain Consciouness. In: Explaining Consciouness – The hard problem. A Bradford Book: Massachusetts, 1997.

DAMÁSIO, A. O Erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo: Companhia da Letras, 1996.

_________________. O Mistério da consciência: do corpo e das emoções ao conhecimento de si. Tradução de Lauro Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

_________________. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos. Adaptação para o português do Brasil Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

Como o cérebro cria a mente. In: Scientific American, Edição Especial: segredos da mente n. 4, p. 6-11, 2004b.

DEACON, W. Terrence. The Symoblic Species: the co-evolution of language and the brain. New York: Norton & Company, 1997.

DEBRUN, M., GONZALES, M.E.Q, et al., Auto-Organização-Estudos Interdisciplinares. Campinas: coleção CLE, 1996.

DENNETT, Daniel. The Cartesian Theater and “Filling In” the Stream of Consciousness. In: The Nature of Consciouness: philosophical debates. A Bradford Book: Massachusetts, 1997.

DESCARTES, R. Meditações . Discurso do método. Objeções e respostas. As paixões da alma. In: ______.Obra Escolhida. Tradução de Bento Prado Júnior. Prefácio e notas de Gérard Lebrun. São Paulo: Abril Cultural, 1994. p. 105-199.

ECCLES, C J. Cérebro e consciência: o self e o cérebro. Tradução de Ana André. Lisboa: Instituto Piaget, 1994.

EDELMAN, G. M; TONONI, G. A Universe of consciousness: how matter becomes imagination. New York: Basic Books, 2000.

FLAGAN, Owen. Consciousness Reconsidered. A Bradford Book: Massachusetts, 1995.

JACKSON, Frank. Epifenomenal Qualia. In: In: Philosophy of Mind: Classical and Contemporary Readins. New York: Oxford University, 2002.

LIMA, F. Orion. Uma Discussão do Problema Mente-Corpo em Descartes e Espinosa, a partir da neurofilosofia de Antonio Damásio. 2007. 125 f. (Mestrado em Filosofia) Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade Estadual Paulista, 2007.

McGinn, Colin. The Caracter of Mind: an introduction to the Philosophy of Mind. New York: Oxford University, 2004.

MILIDONI, C. B. A relação mente-corpo e a natureza do eu cognoscente à luz do dualismo cartesiano. In: SIMPÓSIO CIENTÍFICO DO CAMPUS DE MARILIA, 2., 1998, Marília. Anais... Marilia: Unesp-Marília Publicações, 1998.

NAGEL, Thomas. What Is It Like to Be a Bat? In: Philosophy of Mind: Classical and Contemporary Readins. New York: Oxford University, 2002.

PEREIRA, JR., A. Uma abordagem naturalista da consciência humana. Trans-form-ação, São Paulo: UNESP, v. 26, n. 2, p. 109-141, ano 2003.

SEARLE, R. John. O Mistério da Consciência. Tradução de André Yuji Pinheiro Uema e Vladimir Satle. São Paulo: Paz e Terra S. A, 1998.

SHEAR, Jonatahn. Explaining Consciouness – The hard problem. A Bradford Book: Massachusetts, 1997.

TEIXEIRA, João de Fernandes. Filosofia da Mente e Inteligência Artificial. Campinas: CLE UNICAMP, (1996 e 2006).

TRIPICCHIO, Adalberto. Delírio Cintilante. Ciência e Vida. Edição Especial: enigmas da consciência na filosofia da mente. Nº 3, p.47-50, 2007.

VARELA, Francisco; THOMPSON, Evan; ROSH, Eleanor. A Mente Corpórea: ciência cognitiva e experiência humana. Lisboa: Instituto Piaget, 2001.

Downloads

Publicado

2009-10-20

Edição

Seção

Artigos