O CETICISMO EM HUME E SUA ATUAÇÃO NA DELIMITAÇÃO DA RAZÃO HUMANA E NA ELABORAÇÃO DE UMA PROPOSTA NATURALISTA
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-8900.2021.v13n35.p181-198Palavras-chave:
Hume, Ceticismo, Filosofia moderna, NaturalismoResumo
Neste artigo, a partir das obras Tratado da natureza humana e Investigações sobre o entendimento humano, de Hume, pretendemos discutir como se dá a inserção do ceticismo no pensamento humeano acerca dos limites da razão e na elaboração de uma proposta naturalista para se fazer ciência, buscando nos questionar como ele se relaciona com esse sistema, ao tratar sobre o tema antes dito. Para atingirmos nossos objetivos aqui propostos, iremos primeiramente discutir a proximidade de Hume com o ceticismo acadêmico e seu distanciamento em relação ao ceticismo pirrônico. Depois, veremos como se dá a possibilidade do conhecimento e a função da probabilidade no entendimento humano, segundo o filósofo escocês. Por fim, buscaremos entender como é possível que o naturalismo surja de tal cenário e se mantenha enquanto apresenta uma alternativa à suspensão do juízo ou à afirmações dogmáticas que, segundo o filósofo escocês, em boa parte das vezes, são injustificadas e indemonstráveis. Assim, veremos em qual medida podemos relacionar Hume com o dogmatismo e com o ceticismo, além de evidenciarmos até que ponto o ceticismo pode beneficiar a investigação científica, segundo o autor.
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