FOUCAULT E TAYLOR: O SELF ENTRE A ÉTICA-ESTÉTICA E A ÉTICA DA AUTENTICIDADE

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DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2021.v13n34.p271-288%20

Palavras-chave:

Ética, Estética, Autenticidade, Liberdade

Resumo

O argumento central de Charles Taylor em A Ética da autenticidade é de que vivemos em uma era de autenticidade. A reflexão de Taylor se divide em mostrar como chegamos nesse contexto de autenticidade e como ele é, de certo modo, prejudicial para a vida em comunidade se entendido como algo meramente individual, sem relação com outras pessoas e se, também, recaído em um relativismo suave sob a forma de que todas as coisas e modos de vida possuem o mesmo e igual valor. Eu gostaria de fornecer um panorama da reflexão de Taylor, porém, me atendo à questão do individualismo e suas ramificações no interior de sua obra que desembocam, como espero mostrar, na crítica de Taylor ao modo como Foucault enxergou a necessidade de revisitar a Estética da existência como um modus ético-estético importante para nossa época à semelhança das experiências na Antiguidade. A crítica de Taylor caminha, grosso modo, na argumentação de que éticas como a da estética da existência reafirmam o lado individualista da autenticidade – o que Taylor rejeita ao propor uma nova perspectiva sobre o que é ser autêntico. Minha intenção será a de mostrar que, na relação Foucault-Taylor, para além de uma querela sobre os conceitos que mencionamos acima, existe uma possível aproximação entre seus pensamentos sobre o campo da Ética. Neste sentido, busco mostrar que, na tessitura do que chamo de Ética-Estética em Foucault e na Ética da Autenticidade em Taylor, há uma conexão inquietante acerca do modo pelo qual o self é formado.

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Publicado

2021-07-08

Edição

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Artigos