Sexo em Kant

Autores

  • Maria BORGES Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.36311/2318-0501/2024.v12n1.p151

Palavras-chave:

sexo, amor, objetificação

Resumo

Nesse artigo, analisarei a relaçao que Kant estabelece entre sexo e objetificação. Irei explorar dois pontos. Primeiramente, vou tentar localizar o lugar que a pulsão sexual ocupa. Mostrarei que, na Antropologia do ponto de vista pragmático, o sexo não está relacionado ao amor como afeto ou paixão. Em segundo lugar, mostrarei que fazer sexo com alguém é usar essa pessoa como meio, opondo-me às leituras que fazem de Kant um defensor da não objetificação do ato sexual. Por fim, mostro que a relação jurídica entre duas pessoas, através do casamento, torna ético o uso mútuo dos orgãos sexuais, ainda que ambos sejam utilizados como meio e não como fim em si mesmo.

Biografia do Autor

  • Maria BORGES, Universidade Federal de Santa Catarina

    Maria Borges é professora titular de filosofia na Universidade Federal de Santa Catarina. Fez pós-doutorado na University of Pennsylvania, EUA (1999), na Humboldt Universität, Alemanha (2006) e na Columbia University, EUA (2014). É pesquisadora do CNPq. Publicou diversos artigos, incluindo «What can Kant teach us about emotions» (The Journal of Philosophy) e «Physiology and the Controlling of Affects in Kant’s Philosophy» (Kantian Review). Publicou os livros Body and Justice (Cambridge Scholars Publishing), Emotion, Reason, and Action in Kant (Bloomsbury, 2019). Também é autora dos livros: História e Metafísica em Hegel, Amor, Atualidade de Hegel e coautora de Tudo o que você precisa saber sobre Ética e coeditora de Kant: Liberdade e Natureza/ Kant: Freedom and Nature (2005) e Filosofia: Machismo e Feminismo. Atua principalmente nos seguintes temas: idealismo alemão, ética kantiana, teoria das emoções e filosofia feminista.

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Publicado

2024-07-15

Edição

Seção

Artigos / Articles